Vizinho barraqueiro e fora da lei: aglomeração e pancadaria em boate de Nova Iguaçu

A briga generalizada aconteceu na varanda da boate e terminou na rua com troca de socos: cena rotineira/Reprodução

Durante a briga, duas pessoas foram empurradas em direção ao vidro de proteção e caem na calçada/Reprodução

A pandemia acabou numa boate localizada no Centro de Nova Iguaçu. Aglomerado de gente até na entrada, o estabelecimento serviu de palco para alguns frequentadores protagonizarem luta livre tendo à mão armas como garrafas, copos, mesas e cadeiras.

As imagens da confusão, que aconteceu no sábado, na Aquarius Bar e Lounge, viralizaram nas redes sociais. Nos vídeos que circulam na internet, um grupo que bebe na varanda começa a pancadaria e duas pessoas são empurradas em direção ao vidro de proteção, que é quebrado com o impacto, e elas caem na calçada. Durante a briga generalizada, muitos gritos e empurrões e a troca de socos termina na rua.

Alguns internautas comentários sobre a confusão. Um deles resumiu o que parece ter virado rotina no local: “Moro pertinho. E toda semana tem isso aí”, disse, referindo-se a um dos vídeos. O fato é que a boate, inaugurada em janeiro do ano passado e depois fechada por causa da pandemia, reabriu as portas já reforçando um histórico de problemas com a vizinhança que não aguenta mais tanto barulho e pancadaria.

Alvo de denúncias graves
Como se não fosse suficiente a rotina de confusões em suas dependências, a Aquarius ainda está sendo alvo de uma denúncia por permitir o livre acesso de menores de idades, com a venda de bebidas para essa faixa etária, o que é proibido por lei. A denúncia poderá chegar ao Conselho Tutelar através de uma representação com pedido de fiscalização no local e posterior punição aos responsáveis pelo estabelecimento.

Bem debaixo do ‘nariz’ da prefeitura
A Aquarius também incorre em outro crime gravíssimo: desobediência ao decreto municipal da Prefeitura de Nova Iguaçu e causar aglomeração. Ouvidos pela reportagem, duas pessoas que já foram frequentadores assíduos da boate afirmam nunca ter visto fiscais da prefeitura no local, nas noites de maior aglomeração.

Um deles levanta uma suspeita: “Se não tem fiscais acabando acabando com a bagunça, é porque alguém está recebendo para fechar os olhos e deixar passar a desobediência ao decreto”, disse.

O outro, questiona: “Será que tem alguém recebendo ‘arrego’ da Aquarius?”. Aos leitores, cabe esclarecer que ‘arrego’ é uma prática criminosa pela qual um agente público recebe dinheiro para fazer vista grossa, deixar passar como que despercebido. O Hora H segue acompanhando essa polêmica.