Vereador é acusado de assédio moral e sexual por servidores e ex-funcionários

O vereador Gabriel Monteiro durante entrevista ao repórter do Fantástico Pedro Figueiredo

Servidores, ex-funcionários e uma mulher, que não teve a identidade divulgada, acusam o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) de assédio moral e sexual. As denúncias foram publicadas no programa Fantástico, da TV Globo, no domingo (27).

Em suas redes, o terceiro parlamentar mais votado do Rio de Janeiro na última eleição, alega que a reportagem mentiu sobre as acusações.

De acordo com a reportagem, o vereador forjou cenas de seus vídeos no YouTube, como tiroteios ou ajuda a uma criança carente, expôs seus funcionários a outros tipos de assédio, além de cometer irregularidades no funcionamento de seu gabinete na Câmara Municipal.

Uma das pessoas que acusa Gabriel de assédio sexual é uma mulher que trabalhava para os canais do vereador na internet. Ela relatou que algumas situações inconvenientes estão registradas nos vídeos em que ela ajudava a gravar. Uma outra afirma que consentiu o início da relação sexual com Monteiro. Entretanto, no meio da relação, o ato evoluiu para um estupro, porque ela diz que pediu para que ele parasse.

A reportagem do Fantástico teve acesso ao material bruto de outro vídeo no qual Gabriel é visto orientando uma criança a dizer que está sem comida. Na versão editada, publicada em suas redes sociais, ele leva a menina ao shopping e ouve que “está comendo o que mais gosta”.

MPRJ abre inquérito

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu um inquérito para apurar se o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) violou direitos da criança que aparece em um vídeo do político publicado na internet.

A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude da Capital comunicou em nota à emissora que “poderão ser adotadas medidas para a remoção do vídeo das mídias sociais”, e também é possível que Gabriel Monteiro seja processado por dano moral coletivo.

A Comissão de Ética e Decoro da Câmara Municipal do Rio vai se reunir hoje (29) às 15h para tratar das denúncias apontadas pela reportagem.