Tribunal do Júri da Capital condena a 12 anos de prisão assassinos de diretor do Hora H

José Roberto Ornelas de Lemos foi morto em emboscada em Nova Iguaçu; crime teve repercussão nacional

Braulino Brejeiro Fernandes e Vanderson da Silva, conhecido como Biico (foto abaixo), foram condenados/Reprodução 

Leonardo Souza Moreira, o Léo Moreira, e Celso Henrique Batista Cordeiro (abaixo) foram absolvidos/Reprodução 

 

 

Dois acusados pegaram pena de 12 anos de reclusão, cada um, por homicídio de emboscada contra José Roberto Ornelas de Lemos

O corpo de jurados do 4º Tribunal do Júri da Capital condenou dois dos quatro acusados de assassinar a tiros o diretor do jornal Hora H, José Roberto Orneias de Lemos, conhecido como Beto. A sentença foi proferida durante julgamento realizado no dia 20 de abril.

O crime aconteceu em 2013 numa padaria do bairro Corumbá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A sessão foi presidida pelo juiz Gustavo Gomes Kalil.

Vanderson da Silva, o Biico, e Braulino Brejeiro Fernandes foram condenados a 12 anos de reclusão por homicídio de emboscada com recurso que dificulte ou impossibilite a defesa da vítima. O regime seria inicialmente fechado, mas, como eles já cumpriram mais de seis anos de pena neste regime, ele será migrado para o semiaberto. Já Celso Henrique Batista Cordeiro e Leonardo Souza Moreira, conhecido como Léo Moreira, foram absolvidos pelo júri.

Impedia expansão da milícia
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime teria sido cometido porque a vítima, diretor administrativo do diário de grande circulação na Baixada Fluminense e outras regiões, não permitia a expansão da milícia local para o bairro onde o crime foi cometido e ameaçava delatar, em seu jornal, os crimes praticados pela organização criminosa, investigada em outro processo.

Como foi o crime
José Roberto foi executado com mais de 40 tiros na noite do dia 11 de junho. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com as investigações, por volta das 20h30, Beto estava na padaria que frequentava na Avenida Fuscão, no Corumbá, quando os criminosos encapuzados chegaram em um carro que parou em frente ao estabelecimento. O bando fez vários disparos de dentro do Gol cinza e fugiu. Na época, parentes afirmaram ele sofria muitas ameaças.