Transportes públicos deverão ter campanha contra abuso sexual de mulheres no RJ

A campanha será veiculada em todos os modais do RJ

Os serviços de transporte coletivo de todos os modais do estado do Rio deverão promover a campanha publicitária “Meu corpo não é público”, para divulgação de ações afirmativas, educativas e preventivas de abuso sexual e violência contra as mulheres sofridas nos coletivos. É o que determina o Projeto de Lei 4.179/18, de autoria do deputado Átila Nunes (MDB), que a Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) aprovou em discussão única na última quarta-feira. A medida segue para sanção ou veto do governador Cláudio Castro.

O PL complementa a Lei 7.856/18, que criou um programa de prevenção ao assédio no transporte coletivo público e privado. O novo texto estabelece que empresas do setor deverão realizar capacitação e treinamento dos trabalhadores em parceria com setores públicos ou ONGs de defesa dos direitos das mulheres. O foco será na orientação sobre como agir nos casos de abuso sexual, principalmente para orientar à vítima e facilitar o devido registro da ocorrência na delegacia policial.

A medida ainda permite que mulheres que sofreram abuso no transporte público possam ter acesso às câmeras de monitoramento e do sistema GPS para reconhecer os assediadores e identificar o exato momento do abuso.

O descumprimento da norma poderá acarretar à empresa infratora multa no valor de R$ 11.115 (3.000 UFIR/RJ) por cada autuação, aplicada em dobro em caso de reincidência. Os recursos deverão ser destinados para o Fundo Estadual de Investimentos e Ações de Segurança Pública e Desenvolvimento Social – FISED ou, preferencialmente, para algum fundo de enfrentamento à violência contra as mulheres ou equivalente.