Tráfico que financia baile funk em Mesquita está na mira das Polícias Civil e Militar 

Homem exibe pistola durante baile na comunidade do Cebinho

Polícia Civil diz que investiga ação e PM afirma que caso requer forte intervenção do Estado para banir atuação das facções. Nas imagens, funkeiros se apresentam para pessoas aglomeradas em frente ao palco, onde homens passam armados/Reprodução

 

Uma mulher grávida que dançava sofre agressão de um jovem que seria filho dela/Reprodução

Música alta, bandidos armados com fuzis e pistolas e consumo de drogas na porta de casa. Essa mistura ilícita acontece todas as sextas-feiras em um baile funk financiado por traficante na comunidade do Cebinho, no bairro Rocha Sobrinho, em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Denúncia de moradores afirma que o baile entra pela madrugada e só termina pela manhã. Segundo reportagem do jornalismo da TV Globo, durante o evento criminosos armados com fuzis e pistolas desfilam entre os frequentadores. Ainda de acordo com a denúncia, os organizadores fazem até propaganda do evento.

Investigação
Em nota enviada à reportagem, a Polícia Civil afirmou que tem uma investigação em andamento sobre a atuação do tráfico de drogas na região e também sobre o baile na comunidade do Cebinho.

PM fala em megaoperação
O porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, afirmou que a comunidade do Cebinho é bem complexa por estar encravada entre duas vias expressas: a Via Light e a Rodovia Presidente Dutra. Além disso, faz fronteira com outra comunidade que sofre a influência de uma facção criminosa formada por milicianos.

“Todos esses fatores tornam o ‘operar’ no Cebinho algo bem difícil. Precisamos de ações de grande monta, de ações com o apoio de outras unidades, porque o batalhão de Mesquita (20º BPM) sozinho não consegue. O que a corporação realiza é o controle de entradas e saídas da comunidade para poder ter o monitoramento dos acessos. Mas intervenções no interior do terreno ficam extremamente complexas”.