Supermercadistas lançam campanha nacional para doação de alimentos

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Empresas e pessoas físicas poderão doar para acolher os mais atingidos pela pandemia. O lançamento da campanha será nesta quarta-feira (21).

A distribuição será feita de acordo com critérios dos programas sociais adotados por estados e municípios ou pela ONG Ação Cidadania, de combate à fome. As doações serão feitas através de um site, Doação Super Essencial, e terão valor mínimo de R$ 10.

Para valores acima de R$ 5.000, o doador poderá escolher imprimir a marca nos cartões ou direcionar a alguma comunidade específica, sempre de acordo com o mapeamento dos mais vulneráveis feito pelas prefeituras ou governos estaduais. Os valores que não forem inseridos nos cartões serão transformados em cestas básicas, que serão distribuídas pela Ação Cidadania.

A iniciativa é da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e suas 27 afiliadas, com ação inicial da entidade paulista, APAS. A campanha conta ainda com apoio de agências da ONU de combate à fome, representantes da indústria de alimentos, Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), e da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador, que operacionalizam cartões e vouchers corporativos.

Em entrevista à CNN, o presidente da ABRAS, João Galassi, disse que a campanha foi pensada para que toda sociedade possa participar. “Desde nós, os supermercadistas, mas também a indústria, os cidadãos. Eles farão isso na forma que se sintam mais confortáveis, ou pelo valor, ou pela valorização da marca, pela garantia de que o alimento vai chegar, e mesmo pelo conforto do anonimato aliado à segurança da campanha”.

No caso de pessoas ou empresas que não quiserem se responsabilizar pela distribuição dos cartões ou dos alimentos, eles serão entregues pela APAS e ABRAS, aos programas sociais já adotados, seguindo os critérios dos programas sociais do setor público municipal ou estadual.

A Ação Cidadania vai ser responsabilizar pela entrega dos alimentos. As doações já podem começar esta semana em São Paulo, com a gestão da APAS.

“A união de tantas associações reforça ações de apoio e engajamento no combate aos efeitos da pandemia. Assim fazemos de forma estruturada para alcançar mais pessoas. Temos esperança de que muitas empresas vão se engajar”, afirma Galassi.

O cartão de R$ 100 não será recarregável, mas poderá ser usado varias vezes em supermercados diferentes, até esgotar todo valor.

A produção dos cartões e o envio serão feitos pelas bandeiras já aceitas em todo o país e as operadoras também prestarão assistência aos beneficiados através de um telefone impresso no verso do cartão.