Roda de conversa em Belford Roxo aborda a prevenção do suicídio

A roda de conversa contou com a participação de 40 profissionais e lembrou o Setembro Amarelo/Gilberto Rocha/PMBR

Helinton Mercante destacou a preocupação com o Setembro Amarelo por causa do número de suicídios/Gilberto Rocha/PMBR

A Secretaria Municipal de Saúde promoveu uma roda de conversa na Estação da Cidadania em Belford Roxo. O encontro ocorreu em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil – Capsi e recebeu cerca de 40 profissionais da Policlínica Tamoio para capacitação. Além de dinâmicas, conversas e trocas de experiências, o tema central da palestra foi a campanha de prevenção ao suicídio.

De acordo com um levantamento do Instituto de Segurança Pública, os números de suicídio no estado do Rio de Janeiro caiu em 5% entre março de 2020 a fevereiro de 2021. Uma das formas dessa queda se acentuar até o final do ano pode ser a formação para o cuidado preventivo, com o apoio de psicólogos, psiquiatras e uma equipe multidisciplinar que possa realizar o atendimento durante o ano inteiro.

Para a recepcionista da Policlínica Tamoio, Angélica Vieira, 48 anos, se colocar no lugar das pessoas é uma forma humana de convivência. “Eu aprendi que precisamos melhorar porque o paciente quer receber algo da gente. Então, nós como profissionais que lidamos diretamente com eles, temos que estar aptos e atendê-los em suas necessidades. E, acima de tudo, trazer para o dia deles um total acolhimento, porque quando eles buscam algo, eles querem encontrar uma resposta”, explica a atendente, que há dois anos trabalha na unidade e percebe as buscas por serviços psicológicos.

Setembro Amarelo
Sobre o tema bem-estar, os organizadores do evento defendem a continuidade das capacitações. “A importância desse trabalho é mostrar que nós como profissionais de saúde não estamos imunes a problemas emocionais e mentais. Principalmente ao colega de trabalho, pois quando estamos atentos conseguimos promover melhor o atendimento ao paciente e ao público que vêm às nossas unidades”, explica o diretor técnico do Capsi, Helinton Mercante, 30, que atua em projetos sociais há sete anos. “O Setembro Amarelo pode ser considerado um marco para atenção às emoções próprias”, conclui Heliton.

O cuidado no primeiro contato com o paciente
A secretária- executiva de Políticas de Saúde Mental, Ana Cláudia Polycarpo, ressalta o cuidado no primeiro contato com o paciente.

“Hoje iniciamos um círculo de palestras onde estaremos levando a mensagem sobre a valorização da vida, que no caso da saúde mental começa no primeiro atendimento. Iniciamos com um grupo de técnicos para que eles sejam multiplicadores dentro da sua unidade. As equipes que fazem atendimento ao público serão capacitadas para perceber pequenos indícios de que a pessoa está próxima a cometer um suicídio”, informa Ana Cláudia.