Rio começa a aplicar a vacina da Pfizer

Vacina-01 - imagem destacada

Capital recebeu 46,8 mil doses da vacina Pfizer do Ministério da Saúde (MS), que serão destinadas à primeira aplicação de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente. Comerciante de 63 anos e com problemas circulatório e de pressão foi o primeiro imunizado no Rio.

 

A cidade do Rio começa a aplicar nesta terça-feira (4) as primeiras doses da vacina da Pfizer. São 46.800 doses, que, por orientação do Ministério da Saúde, foram repassadas à capital na noite de segunda-feira (3).

 

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina será destinada à primeira aplicação de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente.

 

A aplicação da primeira dose da Pfizer no Rio aconteceu pouco depois das 7h, de forma simbólica, na Clínica da Família Estácio de Sá, no Rio Comprido, na Zona Norte.

 

O comerciante Alexandre Souza Almeida, de 63 anos, era o primeiro da fila e foi vacinado pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

 

“Sou mais um vacinado e vou sair daqui satisfeito em saber que estou imunizado de alguma forma e não corro mais o risco que corria, de estar circulando entre as pessoas, de ter que voltar ao trabalho, enfim, de tentar voltar a uma vida normal”, disse Alexandre, que sofre de problemas circulatórios e de pressão.

Segundo o comerciante, a imunização traz tranquilidade.

 

“Isso dá muita tranquilidade, não resta dúvida que fiquei muito satisfeito e de ter a honra de ser vacinado pelo nosso secretário”.

 

Apenas doze doses estavam disponíveis na clínica do Rio Comprido nessa manhã, diferente do que a prefeitura havia informado que aconteceria. Segundo o secretário, as vacinas estarão disponíveis à tarde, na quarta (5) e na quinta-feira (6).

 

Soranz explicou ainda que a vacina da Pfizer é um pouco diferente dos demais imunizantes.

 

“Com as outras vacinas se aplica 0,5 ml na seringa. E agora, com a vacina da Pfizer, é 0,3 na seringa. (…) Agora, todas as vacinas são boas, todas as vacinas protegem contra casos graves e óbitos por Covid. E a nossa recomendação é que ninguém fique escolhendo vacina nas unidades. Tome a vacina que tiver”.

 

Segundo o secretário, uma parte das vacinas da Pfizer está armazenada com o Ministério da Saúde para ser aplicada como segunda dose na data correta.

 

Sobre a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro sobre ordem de vacinação de grupos prioritários, Soranz afirmou que não há mudanças no Rio.

 

“A gente já vinha cumprindo o calendário, dando prioridade para as comorbidades e para as pessoas com deficiência. Então, essa decisão não tem impacto para o Rio”.

 

Na cidade de São José, na Grande Florianópolis, a vacinação também já começou. São 7.020 doses, que, por orientação do governo de Santa Catarina, estão sendo aplicadas em idosos com 60 anos.

 

O Brasil recebeu um total de 1 milhão de doses da Pfizer na quinta-feira (29) – 500 mil já começaram a ser distribuídas às 27 unidades federativas.

 

Intervalo da vacina da Pfizer: por que o Brasil adota 3 meses entre doses e não segue indicação de 21 dias?

Vacina da Pfizer é enviada aos estados para aplicação da 1ª dose; veja como será a distribuição

SC começa a aplicar a vacina da Pfizer: ‘Muito emocionada’, diz moradora de São José

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a vacinação na cidade não precisará ser feita em postos específicos, já que as vacinas podem ser armazenadas em câmaras frias em 2 a 8°C por até cinco dias.

 

Segundo recomendação do MS, no prazo entre cinco e 14 dias, a temperatura de armazenamento precisa ser entre -25 e -15°C. Durante toda a validade do imunizante – seis meses – é necessário um freezer de ultra baixa temperatura, que mantenha a vacina entre -80 e -60°C.

 

De acordo com a SES, a primeira remessa será destinada para a primeira dose. Já as doses para a segunda aplicação serão enviadas na próxima remessa.

 

De acordo com recomendação do Ministério da Saúde, a segunda dose da vacina Pfizer deve ser aplicada em um intervalo de 12 semanas após a primeira dose.

 

Vacinação no Rio

A cidade do Rio iniciou no dia 26 de abril uma nova fase na campanha de vacinação contra a Covid. Passaram a receber a imunização outros grupos considerados prioritários:

 

pessoas com deficiência;

pessoas com comorbidades;

profissionais de saúde;

profissionais da educação do setor público e privado;

profissionais de segurança e salvamento;

profissionais da limpeza urbana;

rodoviários e profissionais do transporte escolar;

idosos em geral que faltaram à vacinação.

Neste link, confira a relação completa das comorbidades e as especificações de cada uma.

 

Esse público deve respeitar a divisão por idade e por gênero e pode ir a qualquer posto de vacinação. Grávidas com comorbidades são exceção e estão liberadas para se imunizar a qualquer dia, mediante apresentação de laudo com a indicação médica.

 

Veja o calendário de vacinação no Rio

Calendário unificado

 

Dia 4/5 (terça): Mulheres com 55 anos (8h às 13); Homens com 55 anos (13h às 17h)

Dia 5/5 (quarta): Mulheres com 54 anos (8h às 13); Homens com 54 anos (13h às 17h)

Dia 6/5 (quinta): Mulheres com 53 anos (8h às 13); Homens com 53 anos (13h às 17h)

Dia 7/5 (sexta): Mulheres com 53 anos (8h às 13); Homens com 53 anos (13h às 17h)

Dia 8/5 (sábado): Pessoas com 52 anos ou mais

Profissionais de saúde

A prefeitura ampliou a vacinação para essa categoria, incluindo os não idosos. A aplicação da primeira dose para os profissionais de saúde é feita somente à tarde.

 

Dia 4/5 (terça) – 38 anos

Dia 5/5 (quarta) – 37 anos

Dia 6/5 (quinta) – 36 anos

Dia 7/5 (sexta) – 35 anos

Dia 8/5 (sábado) – 35 anos ou mais de idade

Já podem se imunizar:

 

assistentes sociais

biólogos

biomédicos

enfermeiros

farmacêuticos

fisioterapeutas

fonoaudiólogos

médicos

médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares

nutricionistas

odontólogos

profissionais de educação física

psicólogos

terapeutas ocupacionais

Onde se vacinar

A vacinação durante a semana é feita nos postos de saúde e clínicas da família. Há ainda outros postos extras. Confira abaixo a lista:

 

Casa Firjan (Botafogo);

Hotel Fairmont (Copacabana);

Igreja Nossa Senhora do Rosário (Leme);

Imperator (Méier);

Jockey Club (Gávea);

Museu da Justiça (Praça 15);

Palácio Duque de Caxias (Central do Brasil)

Museu da República (Catete);

Planetário da Gávea;

Quadra do Cacique de Ramos;

Quadra da Portela;

Tijuca Tênis Clube;

Cidade das Artes (Barra da Tijuca);

Centro Cultural da Marinha, próximo à Igreja da Candelária;

Quartel dos Bombeiros (Humaitá – 1º GBM) – Rua Humaitá 126 – Humaitá;

Quartel dos Bombeiros (Copacabana – 17º GBM) – Rua Xavier da Silveira 120 – Copacabana;

Grupamento dos Bombeiros de Busca e Salvamento (GBS-Barra) – Av. Ayrton Senna 2001 – Barra da Tijuca.

Para saber qual é a unidade de referência da sua residência, acesse o serviço “Onde ser atendido”, da Secretaria Municipal de Saúde.

 

Postos com atendimento a pessoas com deficiência:

 

CMRPD de Irajá: Avenida Monsenhor Felix, 512, Irajá

CMRPD do Mato Alto: Rua Candido Benício, 2.973, Praça Seca, Jacarepaguá

CMRPD de Santa Cruz: Avenida Felipe Cardoso, s/nº, Santa Cruz

CIAD ( (Centro Integrado de Atenção à pessoa com Deficiência): Avenida Presidente Vargas, 1.997, Centro

Universidade Castelo Branco: Avenida de Santa Cruz, 1.631, Realengo. 

 

Fonte: G1