Réveillon do Rio terá restrições no transporte

Rio de Janeiro - O prefeito Eduardo Paes participa da campanha Blocos de Rua Unidos Pelo Distanciamento, que lança uma camisa para conscientizar contra aglomeração e ajudar financeiramente  trabalhadores devido ao cancelamento do Carnaval 2021. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O réveillon do Rio terá restrições no transporte a fim de evitar grandes deslocamentos, sobretudo para Copacabana. Não haverá reforço nas linhas regulares de ônibus, e o metrô fechará para embarque às 20h do dia 31. Também serão montados bloqueios para veículos fretados à 0h do dia 30.
As novidades foram apresentadas na quinta-feira (23) pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), que confirmou os 10 pontos de queima de fogos, incluindo Copacabana.
Terão espetáculos pirotécnicos os bairros de Barra da Tijuca, Recreio, Flamengo, Ilha do Governador, Piscinão de Ramos, Bangu, Praia de Sepetiba, Parque Madureira e a Igreja da Penha.
“Reiteramos o pedido à população: busquem pontos de fogos próximos às suas casas. Não tentem se deslocar pela cidade”, pediu Paes.
Segundo ele, os comitês científicos da Prefeitura e do Governo do estado ratificaram o aval à realização da festa, como anunciado no início do mês: sem shows, mas com música em alto-falantes. O prefeito voltou a admitir que “naturalmente” vai haver aglomeração.
“Nos últimos 10 dias, tenho tirado fotos de praias — principalmente de Copacabana — para mostrar que a praia tem tido aglomeração todos os dias, desde que tenha sol”, comparou.
“A gente não pode transformar essa questão da pandemia em uma grande festa da hipocrisia. O vírus não escolhe só a noite de réveillon. Ninguém me pergunta como foi o ensaio da Mocidade aqui no Rio, ou o da Beija-Flor com a Grande Rio em Nilópolis, ou da Viradouro em Niterói, com a população toda na rua. Será que o vírus não estava ali naquele momento?”, prosseguiu.
“Então, é natural que haja pessoas aglomeradas na Praia de Copacabana. Mas não vamos incentivar aquela aglomeração exagerada que tínhamos nos outros réveillons”, explicou.