Queimados nas mãos de um prefeito fanfarrão da política na Baixada Fluminense

Prefeito Glauco Kaizer é alvo de investigação do MP por suposta prática de nepotismo

Prefeito Glauco Kaizer prega o discurso da moralidade, mas transforma seu governo em imoralidade

Político que se preza, prega o discurso e o pratica para não correr o risco de ser classificado como ‘mentiroso’. Conhecedor da base religiosa cristã, Glauco Barbosa Hoffman Kaizer (SDD) ultrapassou os limites dos templos Batista para investir na carreira política.

Eleito prefeito de uma cidade com um dos piores resultados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ocupando a 73ª posição entre os 92 municípios do estado do RJ, o chefe do Executivo assumiu já criando polêmica e colocando em dúvida seu caráter político. Os casos de nepotismo, com a caneta a todo vapor assinando nomeações de parentes até de segundo grau, chamou a atenção do Ministério Público que acionou o radar para investigar a suposta prática de nepotismo.

Kaizer tentou justificar os deslizes de sua administração com desculpas evasivas, numa clara confissão traduzida em ‘eu sou prefeito, mando e desmando’. Além da imoralidade das nomeações, que ganharam as manchetes dos jornais, outra polêmica deixou sua gestão na mira das críticas, vindas, principalmente, de adversários políticos.

Escândalos e ‘lei da mordaça’
A nomeação de um funcionário do primeiro escalão investigado por suspeita de estupro contra uma criança e o caso de um médico que teria cometido abuso sexual a uma mulher grávida na Maternidade Municipal de Queimados chegaram ao limite com a incompetência de Glauco Kaiser para lidar com as primeiras crises em seu governo.
Uma fonte informou ao Hora H que o prefeito não gosta de receber críticas. Tanto é verdade, que há uma determinação de exonerar o servidor que não obedecer a ‘lei da mordaça. “Se falar mal, é rua”, resumiu.

Numa reportagem publicada pelo jornal Extra sobre possíveis divergências entre o prefeito e a a deputada estadual Alana Passos (PSL), um internauta chegou a comentar: Esse prefeito é um fanfarrão, saiu um ruim entrou outro igual. Ridículo. (…) toma algumas decisões ridículas. Muito fraco.”

“É triste ver um prefeito que não mexeu uma palha para que essa escola saísse do papel, querer protagonismo”, diz Alana passos/Reprodução

“O novo pai da mentira”
No mês passado, a colunista do Extra Berenice Seara publicou uma matéria sobre os atritos políticos entre a deputada Alana Passos e o prefeito Glauco Kaizer. O motivo que levou à fragmentação do relacionamento amigável, embora integrem grupos políticos diferentes na Baixada Fluminense, tem um nome: escola cívico-militar.

A parlamentar afirma que desde o início do mandato, defende a implantação de um colégio militar nas antigas dependências do Ciep 023, em Queimados e vinha estabelecendo um diálogo de consenso para viabilizar a unidade. Entretanto, alega ter sido apunhalada por Kaizer que publicou em suas redes sociais imagens de uma reunião com representantes da Faetec e do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares para instalar a unidade no referido Ciep.

Alana, se posicionou nas redes sociais afirmando que ficou impossibilitada de participar do encontro e desabafou: “É triste ver um prefeito, que não mexeu uma palha para que essa escola saísse do papel, querer protagonismo e esconder quem realmente vem batalhando para que isso acontecesse”, disparou, e chamou o prefeito de “o novo pai da mentira”, em seu perfil pessoal.

 

Reportagem: Antonio Carlos