Policial civil morto em ataque em Itaboraí chefiava grupo de extermínio com mais de 40 assassinatos, diz DHNISG

Emerick foi indiciado em nove inquéritos de homicídio

Câmera de vigilância registrou o momento do ataque. Nas imagens, um homem cai após ser baleado por grupo fortemente armado.. Depois do ataque, curiosos se aglomeram em volta do bar I(abaixo)/Reprodução/Redes sociais

O policial civil e ex-vereador Wellington Emerick Pinto, de 59 anos, assassinado durante um ataque a tiros em um bar de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, no último domingo (12), já foi alvo de investigação pela Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) por chefiar um grupo de extermínio. O atentado deixou outros quatro mortos e dois feridos.

De acordo com a DHNISG, a organização criminosa, que atuava no bairro São Joaquim, o mesmo onde Emerick foi morto, teria se formado há cerca de 15 anos. Os alvos eram pequenos traficantes, furtadores e usuários de drogas. A especializada informou ainda que atuação criminosa de Emerick fez com que ele tivesse se tornado um homem temido na região e teria usado sua posição para se eleger vereador no município em 2015.

As investigações apontam que o grupo de extermínio também atuava como milícia, com extorsão de comerciantes e moradores. Em 2019, o bando foi alvo de uma grande operação da DH de Niterói. Na ocasião, os agentes estimaram que o grupo poderia ser responsável por mais de 40 homicídios na região. Emerick foi indiciado por nove inquéritos de homicídio pela especializada, mas não chegou a ser denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

O ataque
No domingo, por volta de 13h30, quatro homens fortemente armados chegaram num bar, na Rua José Leandro, e abriram fogo contra as pessoas que estavam no local. Câmeras de segurança flagraram a ação.

Nas imagens, é possível ver cerca de sete pessoas sentadas em cadeiras, quando um homem levanta assustado, seguido pelos outros. Na correria, um deles cai e não se levanta mais. O vídeo mostra ainda um criminoso efetuando os disparos, enquanto outras pessoas tentam se esconder. A DHNSG investiga o caso.