Polícia prende suspeito de integrar quadrilha que revendia celulares roubados pela internet

Celulares roubados

A polícia prendeu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, um homem que revendia celulares roubados na internet. O criminoso mandava uma mensagem de texto para desbloquear os aparelhos e assim, conseguia vender os celulares.

 

Nas redes sociais, o golpista dizia ser revendedor autorizado e oferecia a maior garantia. O preço, abaixo do mercado, atraía os clientes, mas muitos não desconfiavam que estavam comprando celulares roubados.

 

Para vender os aparelhos, o criminoso aplicava um golpe em quem havia acabado de ser assaltado, como contou a delegada Bárbara Lomba, da 56ª DP (Comendador Soares).

 

“A vítima do roubo do telefone nos informou, depois que foi roubada, que recebeu por SMS um link e que ela pensou que fosse ser da fabricante do telefone. Então, o que os criminosos fazem: alguém ligado ao autor do roubo, o receptador do telefone, tem conhecimento da fabricação de um link e envia por SMS a um número que a vítima informa como contato, na perda do telefone. Ela informa um número de contato. Eles enviam o SMS com o link falso para que a vítima pense que se trata do fabricante. E à medida que ela entra naquele link, eles conseguem desbloquear o aparelho e possibilitar o uso desse aparelho por outra pessoa. Assim eles conseguem vender o aparelho”, disse a delegada.

 

A polícia descobriu o golpe depois que uma vítima conseguiu encontrar a pessoa que tinha comprado o celular dela, que tinha sido roubado. Os dois decidiram contar a história na delegacia. E na segunda-feira (3), os investigadores chegaram a um dos criminosos.

 

Victor do Amaral Graça foi preso em casa pelos policiais da 56ª DP, em Nova Iguaçu. Segundo os investigadores, ele mantinha a página que vendia os celulares roubados.

 

Na casa dele, foram apreendidos diversos aparelhos. Em depoimento, o suspeito disse que comprava os celulares de outras pessoas, inclusive em um grupo de mensagens que anunciava a venda desses aparelhos.

 

“Ele nos deu os dados de três pessoas das quais ele adquiria aparelhos sem procedência, sem identificação de procedência. Todas as informações que nós coletamos com a prisão do receptador serão analisadas. Haverá prosseguimento das investigações para possível associação criminosa”, disse a delegada.