Polícia cumpre mandados de busca e apreensão no caso Henry Borel

Polícia cumpre mandado de busca contra o vereador Dr. Jairinho, na casa do pai, Coronel Jairo/Reprodução/TV Globo

Henry morreu no último dia 8/Reprodução/Instagram

Policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) cumpriram ontem quatro mandados de busca e apreensão em diferentes endereços no Rio nas investigações sobre a morte do menino Henry Borel, de 4 anos, que morreu no dia 8 de março, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Foram apreendidos celulares e computadores da mãe da criança, Monique Medeiros, do namorado dela, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), e do pai do garoto, o engenheiro Lenial Borel. Os mandados foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A Justiça decretou ainda a quebra do sigilo telefônico de todos os alvos na investigação.

O apartamento em um condomínio na Barra da Tijuca, onde a criança foi encontrada desacordada foi interditado até que a polícia realize novas perícias. Uma viatura da Polícia Militar guardará o local por 30 dias.

Esgotar possíveis linhas de investigação
Apesar de o engenheiro ter entregue o menino na casa de Monique oito horas antes de Henry dar entrada no Hospital Barra D’Or, já morto, aparentemente sem qualquer indício de lesão (de acordo com o depoimento da mãe), os investigadores querem esgotar todas as possíveis linhas de investigação.

Em depoimento à polícia, Monique disse que encontrou o filho desacordado no chão do quarto do casal. Para ela, Henry acordou, ficou em pé em cima da cama deles e se desequilibrou ou até tropeçou no encosto da poltrona, e sofreu uma queda.
Segundo o laudo do Instituto Médico-Legal, a que a TV Globo teve acesso, a criança já deu entrada no hospital sem vida e apresentava lesões no crânio, no estômago, no fígado e nos rins, além de várias manchas roxas.

O laudo do Instituto Médico-Legal aponta “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente (violenta)”.