Polícia Civil faz operação contra milícias e resgata vítima que seria queimada viva

Galões de combustível foram apreendidos em carro que estava em frente a casa de Tandera

Fagner Penha da Silva, o Artilheiro foi preso na operação/Divulgação

Os galões de combustível e as armas apreendidas durante a operação contra a milícia/Divulgação

Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) impediram que uma pessoa fosse queimada viva por milicianos ligados a Danilo Dias Lima, o Tandera, na manhã de hoje (16), em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A região tem sido aterrorizada pela guerra entre as quadrilhas lideradas por Tandera e por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, que disputam o controle das atividades exploradas ilegalmente e o domínio territorial.

Segundo informações, os policiais realizavam mais uma ação da força-tarefa da Polícia Civil de combate aos grupos paramilitares quando encontraram uma casa que seria de Tandera, na localidade do Jesuítas. Em frente ao imóvel, foram apreendidos galões de combustível que seriam utilizados na execução. O imóvel conta com piscina, churrasqueira e grande equipamento de som.

Vítima estava amarrada
A vítima estava amarrada e estava prestes a ser queimada viva, segundo relatos dos agentes. Com a aproximação da equipe da especializada, os bandidos fugiram, deixando o material inflamável para trás, e a vítima foi salva e passa bem. O crime seria cometido nas proximidades da casa de Tandera.

Integrante do grupo de Zinho
Um homem identificado como Fagner Penha da Silva, o Artilheiro foi preso. Os agentes apuraram que ele é um dos integrantes da milícia liderada por Zinho.

Segundo a Polícia Civil, o bandido entrou para o grupo ainda na época em que Wellington da Silva Braga, o Ecko, era vivo, e era o responsável por realizar cobranças de dívidas e matar os inadimplentes. Após a morte do maior miliciano do Estado do Rio, ele passou a ser um dos seguranças de Zinho, por ser de extrema confiança do paramilitar.

Contra Artilheiro, havia um mandado de prisão por homicídio qualificado, por conta do assassinato de dois jovens que foram comprar drogas em uma comunidade de Santa Cruz, em 2016. Os corpos das vítimas não encontrados.

Agentes da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) também capturaram quatro milicianos e interditaram estabelecimentos de venda irregular de gás e provedores clandestinos de internet.