Operação mira quase cem PMs do Rio acusados de receber propina de traficantes

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Policiais civis e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual, cumprem, na manhã desta quinta-feira, 96 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra policiais militares acusados de receberem propina de traficantes para não combater o tráfico de drogas em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A ação foi batizada de operação Calabar — em referência a Domingos Fernandes Calabar, considerado o maior traidor da história brasileira. Além dos PMs, a Justiça expediu também mandados de prisão contra traficantes. No total, são 184 mandados de prisão. O esquema movimentava cerca de um milhão de reais por mês.

As equipes estão em bairros de Niterói, na Região Metroplitana do Rio, e também da Zona Oeste do Rio. No Ingá, em Niterói, agentes estiveram no prédio do cabo Fernando Cataldo Côrtez, um dos suspeitos de integrar o esquema. Segundo a Polícia Civil já há PMs presos.

Todos os agentes alvos da operação são praças e foram lotados no 7º BPM (São Gonçalo) entre 2014 e 2016. A quantidade de policiais acusados de corrupção representa cerca de 15% do efetivo da unidade, composta por pouco mais de 700 homens. De acordo com a investigação, semanalmente os agentes recebiam cerca de 250 mil reais de propina do tráfico. Segundo a Polícia Civil, essa é a maior operação de combate à corrupção policial já feita no Estado do Rio