Polícia afirma que homem que esfaqueou a ex-namorada em supermercado premeditou crime

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o homem que esfaqueou a ex-namorada no local onde ela trabalha, um supermercado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, premeditou o ataque e chegou a comprar a faca que usou momento antes do crime, que aconteceu na segunda-feira (14).

Segundo os agentes, Thiago Moraes Tavares não aceitava o fim do relacionamento que, entre idas e vindas, durou cinco anos. Ele vai responder pelos crimes de tentativas de feminicídio e homicídio.

Imagens de câmeras de segurança mostram que o agressor abordou Aline Alves, de 30 anos, quando ela trabalhava no caixa. A vítima estava atendendo um cliente e pediu para que ele esperasse. Depois, o criminoso a puxou pelo braço e a levou para o lado de fora do supermercado, onde
começou a esfaqueá-la.

Cláudio Lobo, um colega da funcionária, tentou intervir. Os dois foram levados para o Hospital Geral de Nova Iguaçu.

Aline sofreu cortes na mão e teve alta. Cláudio foi atingido no abdômen e precisou passar por uma cirurgia e está internado.

Thiago fugiu após o crime, mas foi preso na casa de parentes, na Pavuna, na Zona Norte do Rio. A moto que ele usou para fugir do local do crime foi encontrada na casa da nova namorada dele.

“Eles foram casados e viveram juntos por um longo tempo e estavam separados há, aproximadamente, dois meses. Ele não concordava com o término e acreditava que a vítima estava
em um novo relacionamento com a segunda pessoa atacada”, disse o delegado Willians Batista.

O delegado afirmou ainda que ele tinha um histórico de violência em relação a ex-companheira, envolvendo ameaças e agressões que não tinham sido registradas na polícia até então.

Ele foi levado para a 58 DP. Ele passou por exame de corpo de delito e foi conduzido para a carceragem da Polinter.

O supermercado afirma que está colaborando com as investigações, cedeu as imagens das câmeras de segurança para a polícia e está dando assistência aos funcionários.

Dados do ISP

Entre janeiro e abril deste ano, o Instituto de Segurança Pública (ISP) registrou 30 casos de femicídio, um recorde desde o início da série histórica dos crimes no Rio de Janeiro.