PMs suspeitos da morte de jovem em São Gonçalo têm armas apreendidas

Emanoelly Almeida, de 19 anos, foi morta com tiro no rosto/Reprodução

As armas dos policiais militares que participaram da ação que matou Emanoelly Almeida, de 19 anos, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, foram apreendidas pela Polícia Civil para confronto balístico. O objetivo é saber de onde partiu o disparo que atingiu a jovem, no rosto.

A ocorrência foi registrada na 73ª DP (Neves) e o caso será investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). Emanoelly foi sepultada no último domingo no Parque da Paz, no Pacheco, que fica no município.

Ubirajara Silva de Freitas, pai da vítima, contesta a versão da Polícia Militar de que a filha teria sido morta após um confronto entre policiais e traficantes. Ela foi atingida quando estava indo para o aniversário dele na tarde do último sábado, no bairro Santa Luzia. Na versão do pai, apenas um tiro teria sido registrado, originado da viatura da PM

No Instituto Médico Legal (IML) de São Gonçalo, Ubirajara disse que os agentes manipularam a cena do acontecimento, fingindo prestar socorros para impedir que a perícia fosse realizada no local. Os policiais militares socorreram a vítima e a levaram ao Hospital Estadual Alberto Torres. Emanoelly Almeida estava terminando o Ensino Médio.

Em nota, a PM disse que os agentes do 7° BPM (São Gonçalo) estavam em patrulhamento pelo bairro Santa Luzia, quando se depararam com indivíduos armados em motocicletas. A corporação informou ainda que os PMs foram alvo de tiro pelos ocupantes que motos, e que eles revidaram.