PGR vai decidir se ex-deputado Roberto Jefferson poderá ser colocado em prisão domiciliar

Jefferson teve a prisão preventiva decretada na semana passada por ordem de Moraes/Reprodução/Redes sociais

Ministro Alexandre de Moraes determinou que PGR se manifeste sobre pedido da defesa/Reprodução

Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá se manifestar sobre o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.

O político teve a prisão preventiva decretada na semana passada por ordem de Moraes, que atendeu a um pedido da Polícia Federal diante de ameaças feitas às instituições e incitação à violência. O ex-deputado está detido na unidade Bangu 8, do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. O local recebe detentos com curso superior.

Saúde debilitada
De acordo com o argumento apresentado pela defesa, Jefferson tem um quadro de saúde delicado, com infecção aguda no fígado e nos rins, e que foi atendido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência na semana passada, ficando três dias internado.

Atuação de uma milícia digital contra a democracia
A prisão ocorreu dentro do inquérito que apura a atuação de uma milícia digital contra a democracia. Jefferson, segundo investigações, integraria o núcleo político desse grupo. Para o ministro, a conduta do ex-parlamentar pode configurar, pelo menos, 13 crimes: calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, denunciação caluniosa, racismo e organização criminosa, além de três crimes previstos na Lei de Segurança Nacional e um do Código Eleitoral.

Moraes afirma ainda que “Jefferson pleiteou o fechamento do Supremo, a cassação imediata de todos os ministros para acabar com a independência do Judiciário, incitando a violência física contra eles, porque não concorda com os seus posicionamentos”.