Petista ideológico e respeito às diferenças partidárias 

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EDITORIAL 
A reeleição do petista André Ceciliano para a presidência da Assembleia Legislativa do Rio representa a quebra de um velho estigma que aponta para o umbigo do PT, acusado por meio mundo de adotar um posicionamento maniqueísta: ou você é aliado ou inimigo.

Ceciliano provou ser possível deixar as ideologias partidárias de lado e abrir as portas para o diálogo, de olho na sedimentação do consenso e da unidade. Tudo em nome da democracia. No comando da Casa desde novembro de 2017, em fevereiro de 2019 o político encerrou um ciclo de interinidade e foi eleito de fato para presidir o Legislativo. E agora, reeleito para mais dois anos.

Para analistas políticos, esse consenso entre as bancadas da Alerj aponta para uma maturidade política, raro de se observar. Nesse universo, giram em torno do eixo, interesses os mais diversos, como negociações por cargos em troca de apoio, por exemplo. É o fenômeno comum que fez o Congresso Nacional ferver nesta semana, com a eleição para as presidências da Câmara e do Senado.

Ao contrário do Legislativo fluminense, explicitamente estava em jogo a distribuição de cargos e emendas parlamentares como moeda de troca para a eleição de Arthur Lira-PP-AL (Câmara) e Rodrigo Pacheco-DEM-MG (Senado). Essa foi a condição imposta os integrantes do centrão pelo presidente Jair Bolsonaro, que comemora dupla vitória contra seus opositores.

 

Antonio Carlos