Peças do avião que caiu com Marília Mendonça devem chegar no Rio nesta terça-feira

Órgão regional do Cenipa no Rio de Janeiro irá continuar as investigações do acidente

As peças da aeronave que caiu com a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas foram retiradas do local da queda, na zona rural de Caratinga (MG), e levadas para o Rio de Janeiro, na madrugada desta terça-feira (9). De acordo com informações da empresa responsável pela remoção, as peças serão destinadas ao centro da empresa PEC Táxi Aéreo e de lá, irão de caminhão para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde terá outra etapa da perícia.

A previsão é de que o caminhão saia da cidade de Caratinga por volta de 1h30 da manhã seguindo a BR-116 e depois a Rio – Magé para então chegar ao aeroporto.

De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), os investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), órgão regional do Cenipa no Rio de Janeiro, vão continuar os trabalhos de Ação Inicial do acidente, para continuação das investigações.

O processo de investigação do Cenipa será dividido em três etapas:
– A primeira etapa será a de coleta de dados, onde todas as informações do acidente serão reunidas.
– A segunda será a de análise de dados, onde serão investigados os sistemas da aeronave e se fatores humanos e operacionais (como a rota da viagem e as condições climáticas) tiveram influência no acidente. Nesse etapa, pilotos, mecânicos, médicos legistas e psicólogos podem ser entrevistados pelo órgão para auxiliar no embasamento de informações.
– Por fim, após a conclusão do relatório final, terá a última etapa da investigação, que será a de apresentação dos resultados.

O Cenipa informou que as investigações do acidente podem levar podem levar de seis meses a um ano e que elas tem como objetivo prevenir outros acidentes semelhantes. A entidade também vai investigar os fatores determinantes para o acidente e destaca que a conclusão “terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”.

O órgão confirmou, no sábado (6) que a aeronave não tinha caixa-preta, mas foi encontrado um spot geolocalizador, que será confrontado com o plano de voo e poderá ajudar a entender as causas do acidente.