Nomeada de deputado ‘propineiro’ vai responder por calunia contra o Hora H

Assessora

Elizabeth Pereira da Silva e o post com ataques ao Hora H. Nome da funcionária aparece em planilha apreendida pela Polícia Federal/Reprodução


Calúnia, difamação e injúria, crimes previstos no Código Penal, causam um estrago na imagem de quem é vítima. É preciso provar tais afirmações como verdade, do contrário o autor poderá responder judicialmente. Defensora ferrenha do deputado Luiz Martins (PDT), que foi preso em 8 de novembro pela Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio, sob acusação de integrar esquema criminoso de recebimento de propina com outros dez parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Elizabeth Pereira da Silva usou as redes sociais para denegrir a imagem do Hora H com publicação de inverdades.
Em sua página no Facebook, a funcionária do Detran, nomeada no dia 29 de junho de 2015 pelo deputado preso para ocupar o cargo de ‘chefe ‘ do órgão de trânsito, com salário de quase R$ 3 mil, afirma que o diário da Baixada se aliou a um suposto assessor de imprensa para montar um esquema com o objetivo de “denegrir a imagem de políticos iguaçuanos e alguns deputados (…)”. O Hora H já acionou seu corpo de advogados para processar Elizabeth judicialmente.

A polêmica da vez
A senhora Elizabeth da Silva, identificada em seu perfild social como ‘B. Pereira Pereya’ mostrou uma atitude patética ao negar em alguns post t que teria sido beneficiada com algum cargo público por Luiz Martins. Os documentos a que a reportagem do Hora teve acesso desmentem sua versão.
Seu nome aparece numa planilha apreendida pela Polícia Federal na casa do deputado preso Edson Albertassi (PMDB) que revela como cargos políticos eram distribuídos para atender o esquema de corrupção do governo da era Cabral no dia 20 de dezembro de 2017.
De acordo com as investigações, o documento encontrado em um computador do parlamentar demonstra como deputados acusados de integrar uma organização criminosa que dominou o estado mantinham o controle rigoroso sobre nomeações de cargos no governo. A mesma planilha também servia para monitorar votos de aliados, interferir em leis ou investigações, segundo a força-tarefa.
Albertassi que líder do governo na Assembleia Legislativa (Alerj), está preso desde o último dia 21. Além dele, estão também na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, o ex-presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani, e outro peemedebista, Paulo Melo. Todos políticos influentes no estado e compunham a alta cúpula da Casa legislativa.