Mulher morre em desabamento de prédio em Vila Velha, no ES

Vídeo mostra explosão em prédio que desabou em Vila Velha

Eduardo, Camila, Larissa e Sabrina moravam no imóvel/Reprodução/TV Gazeta

VILA VELHA (ES) – O desabamento de um prédio de três andares em Cristóvão Colombo, em Vila Velha, na Grande Vitória, deixou uma pessoa morta, na manhã de quinta-feira (21). A vítima identificada como Camila Morassunti Cardoso morava com outras três pessoas no imóvel. A irmã dela, Larissa, que é doceira, foi resgatada com vida e encaminhada ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. Filha de Camilia, a adolescente Sabrina Morassunti, 15, e o avó, Eduardo Cardoso, 68, pais das irmãs, ainda não tinham sido encontrados até o fechamento desta reportagem.

Imagens de uma câmera de segurança mostram uma explosão no imóvel por volta das 7h14.

O coronel Alexandre Cerqueira, comandante do Corpo de Bombeiros, informou que o trabalho de resgate é feito com muita cautela e um bolsão de ar que se formou durante o colapso do imóvel pode ter garantido a sobrevivência de parte das vítimas.

Durante o resgate, os bombeiros acionaram um apito e desligaram as máquinas para que as vítimas sejam ouvidas sem fazerem muito esforço e eles também consigam localizar outras pessoas sob os escombros. Imóveis no entorno do prédio também foram danificados e alguns tiveram as janelas destruídas pelo impacto do desabamento.

Vazamento de gás
Equipes da perícia do Corpo de Bombeiros realizaram as primeiras avaliações na tentativa de explicar as causas da tragédia. Eles analisaram que o vídeo registrado por uma câmera de videomonitoramento próxima ao prédio, que mostra uma explosão momentos antes da estrutura desabar.
De acordo com o coronel Wagner Borges, assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros, há indícios que a explosão tenha sido ocasionada por vazamento de gás de cozinha, mas outras possibilidades também não são descartadas.

“Temos ali um automóvel com gás natural, que é mais leve que o gás ambiente, então ele se dissipa para locais mais elevados e sai com facilidade. Dificilmente esse tipo de gás provoca uma explosão como essa. Em segundo lugar, nós temos um apartamento como esse com GLP, que é o gás de cozinha. O gás de cozinha, sim, pode provocar a explosão que vimos. Outros fatores também podem acontecer (ser a causa), com probabilidade muito menor, como uma bomba”, afirmou Wagner.

Após a retirada completa das vítimas e a limpeza dos escombros, os profissionais voltam ao local para realizar a perícia final. O prazo para conclusão do laudo é de 20 dias.