Mortes de candidatos na Baixada acendem sinal de alerta da cúpula da Civil

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Secretário Allan Turnowski anuncia ação para investigar assassinatos como do candidato a vereador Domingos Cabral/Fabiano Rocha/Extra/Reprodução 

Corporação anuncia criação de força-tarefa para investigar crimes políticos na Baixada depois de duas execuções em intervalos de 11 dias

O secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski, anunciou ontem a antecipação de uma força-tarefa para investigar crimes políticos na Baixada Fluminense. Em um intervalo de 11 dias, dois candidatos a vereador foram executados em Nova Iguaçu.

Segundo ele, foi realizado um planejamento estratégico que prevê o reforço de delegacias que atuam em setores e regiões sensíveis. “Já reforçamos a Delegacia de Homicídios da capital (DHC) e, agora, visando garantir a segurança do pleito eleitoral e o direto do cidadão ao voto, vamos fortalecer ainda mais a atuação da Polícia Civil na região da Baixada Fluminense”, afirmou em entrevista ao jornal ‘Extra.

Ainda segundo Turnowski, para aumentar o suporte às investigações sobre os crimes políticos, foram postos em cargos estratégicos delegados com experiência na região. O delegado acrescenta que o plano é colocar outras especializadas, como Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), DDSD (de Defesa dos Serviços Delegados), DPMA (de Proteção ao Meio Ambiente), para trabalhar em conjunto com a DHBF e sufocar a milícia e o tráfico de drogas.

 Sequência de dois assassinatos
A força-tarefa da Polícia Civil será antecipada depois dos assassinatos que ocorreram entre os dias 1º a 10 deste mês. Na noite do último sábado, o candidato a vereador pelo Democratas (DEM), Domingos Barbosa Cabral, de 57 anos, foi morto a tiros no bairro Valverde.

Os disparos foram feitos por homens que usavam toucas ninjas. O aconteceu volta das 18h30, quando Donmingos, como era conhecido, estava em um bar. Ele chegou a ser encaminhado para a UPA de Cabuçu, mas não resistiu aos ferimentos. O político já havia conquistado uma vaga de suplente na Câmara Municipal, em 2016, pelo PHS.
Em julho deste ano, Domingão foi preso em flagrante em uma operação para reprimir a ação de milicianos na região.

A outra vítima foi Mauro Miranda da Rocha, de 41 anos, que também concorria a uma vaga na Câmara Municipal. Ele foi morto no dia 1º com tiros na cabeça, braço e peito. Ele ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Os dois casos são investigados pelo Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP).