Morre menina de seis anos agredida pela mãe e madrasta em Porto Real

Cabos de fibra óptica foram usados para agredir a menina/Reprodução/Josiel Lucas / Agência O Dia

Brena, a madrasta (foto) e a mãe da criança estão presas pelo crime/Reprodução

Criança sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu após ficar cinco dias internada.

Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, a menina de 6 anos que foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta morreu na madrugada de hoje (24). O crime aconteceu no bairro de Jardim das Acácias, em Porto Real, no Sul Fluminense, onde elas moravam.

De acordo com o boletim médico do hospital particular onde estava internada, a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória por volta das 3h30 e não resistiu. O corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal de Resende. De acordo com o informe, nas últimas 24 horas ela sofreu deterioração das funções vitais, apresentando hiportemia, hipotensão arterial, diminuição unirária e alteração laboratorial.

Na última segunda-feira, a menina foi levada para o Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, após viver um fim de semana de terror ao ser brutalmente agredida pela própria mãe e companheira.

Transferidas para presídio
Na unidade, depois de uma tomografia, foi constatada uma lesão neurológica muito grave. Gilmara Oliveira de Farias, de 28 anos, a mãe, e a namorada, Brena Luane Barbosa Nunes, 25, tiveram a prisão preventiva decretada na última quarta-feira. Na decisão proferida após a audiência de custódia, o juiz Marco Aurélio da Silva Adania frisa a gravidade das lesões sofridas pela vítima. As assassinas foram transferidas na última sexta-feira para o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Socos e chutes e jogada contra a parede
De acordo com o relato da mãe da madrasta da criança, que também mora na residência, as agressões começaram no fim da noite de sexta-feira e continuaram por pelo menos 48 horas. Foram “socos e chutes por diversas vezes”, além de a vítima ter sido “arremessada contra a parede e contra um barranco de 7 metros de altura, e de ser chicoteada com um cabo de TV”, sendo submetida a “intenso sofrimento físico e psicológico”, conforme afirma o juiz na decisão.