Moradores do Parque Olimpo recebem um ‘não’ do prefeito de Queimados, na Baixada Fluminense

Moradores do Parque Olimpo marcham em protesto em direção a prefeitura/Reprodução

Eles protestavam contra a falta de infraestrutura no bairro que sofre com o abandono; prefeito se negou a ouvir as demandas. Unidade de saúde está fechada desde fevereiro

Há anos sofrendo com a ausência do poder público, o Parque Olimpo e o Valdariosa são dois dos bairros mais abandonados de Queimados, na Baixada Fluminense. No mês de maio, moradores decidiram se mobilizar e realizaram um protesto até a prefeitura contra a falta de infraestrutura, mas deram com a cara na porta.

O prefeito Glauco Kaizer (Solidariedade) se recusou a receber um grupo que pretendia apresentar as demandas dos bairros nas áreas de saneamento básico, saúde e transporte. O pastor Luiz Henrique, que mora há anos no Parque Olimpo, disse que foi frustrante. “Ele só mandou recado, dizendo que aguarda a licitação para dar início às obras. Já conhecemos essa história. É só um ‘cala a boca’ para esfriar nossa luta por melhorias no bairro onde todas as ruas precisam de asfalto”, disse.

Fechamento da CF
Luiz Henrique também questionou o fechamento da Clínica da Família. Ele conta que os moradores da região estão tendo que procurar atendimento nos bairros Santa Rosa, Belmonte ou Fanchem. “Nós precisamos desse equipamento de saúde. Não temos informação. Tá sendo cada um por si. O CRAS também está fechado. Estamos esquecidos e abandonados”, afirmou.

Risco de dengue
De acordo com relatos da dona de casa Viviane Santos, de 34 anos, que também mora no Parque Olimpo, a região está abandonada. “O prefeito disse que o asfalto iria cair em fevereiro e até agora nada. Nosso bairro está cheio de mato, focos do mosquito da dengue para tudo que é lado, o ônibus não entra há vários dias, um absurdo”, protestou.

Promessa é dívida
O prefeito Glauco Kaizer havia anunciado no final do ano passado, durante os festejos pela emancipação de Queimados, que o Parque Olimpo receberia investimentos em infraestrutura com aportes financeiros do governo do estado e que estava em fase de licitação. Já sobre a Clínica da Família, a prefeitura alegou que a unidade foi fechada devido a problemas estruturais no prédio.