Mesquita é fechada em Paris após decapitação de professor que mostrou charges de Maomé

People gather at the Place de la Republique in Paris, to pay tribute to Samuel Paty, the French teacher who was beheaded on the streets of the Paris suburb of Conflans-Sainte-Honorine, France, October 18, 2020. Placard reads "I am a Samuel". REUTERS/Charles Platiau

Samuel Paty foi um professor de história decaptado por mostrar charges de Maomé a alunos/Reprodução

FRANÇA – O governo francês determinou o fechamento temporário de uma mesquita nos arredores de Paris ontem, parte de uma ação repressiva a muçulmanos que incitam o ódio. A ação ocorre após a decapitação do professor de História, Samuel Paty, que mostrou caricaturas do profeta Maomé a seus alunos.

Antes do ataque, a Grande Mesquita de Pantin, um subúrbio de baixa renda a nordeste da capital, havia compartilhado um vídeo em sua página no Facebook que expressava ódio contra o professor de história Samuel Paty.

A polícia colou avisos da ordem de fechamento diante da mesquita, e as autoridades prometeram uma reação dura contra os disseminadores de mensagens de ódio, os pregadores de sermões radicais e os estrangeiros que se acredita representarem uma ameaça à segurança da França.

A ordem de seis meses se deveu “ao único propósito de evitar atos de terrorismo”, disse o aviso emitido pelo chefe do Departamento de Seine-Saint-Denis. A decapitação de um servidor público por parte de um suposto islâmico, devido ao uso da sátira religiosa para explorar com os estudantes o debate sobre a liberdade de expressão, um princípio muito valorizado da democracia da França, convulsionou o país e chocou o mundo. O ministro do Interior, Gérald Darmain, disse nesta semana que a França enfrenta um “inimigo interno”.