Menina perde uma das pernas após acidente no Sambódromo

Quadro de Raquel é considerado 'gravíssimo'

Parentes de menina se consolam no hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio/Reprodução TV Globo

Perícia realizada no local do acidente com o carro alegórico/Reprodução TV Globo

Chão ao lado do carro ficou com marca de sangue devido ao acidente/g1

Vítima foi imprensada entre um poste e um carro alegórico de uma das escolas na primeira noite dos desfiles na Sapucaí

A primeira noite de apresentações das escolas da Série Ouro do Rio de Janeiro, na Marquês de Sapucaí, que começou na última quarta-feira (20), foi marcada por uma tragédia. Uma menina de 11 anos perdeu a perna após ser imprensada entre um poste e um carro alegórico da Em Cima da Hora na saída do Sambódromo.

Segundo informações, por volta das 9h30 de ontem (21), Raquel Antunes da Silva deixou o centro cirúrgico do Hospital Souza Aguiar, no Centro. Ela corria o risco de ficar sem a outra perna, que está em estado crítico, mas os médicos informaram aos familiares que a possibilidade foi descartada. O quadro da vítima é considerado gravíssimo, porém estável. Ela teve uma parada cardíaca e traumatismo no tórax. A 6ª DP (Cidade Nova) investiga o caso.

Mãe desmaiou
Testemunhas relataram que mãe e a menina estavam numa praça perto da dispersão da Sapucaí, lanchando. No entanto, Raquel se afastou, acompanhada de dois amigos, para olhar os carros alegóricos que tinham acabado de desfilar. Minutos depois, Marcela Portelinha Antunes foi avisada de que a filha tinha sido atropelada e imprensada contra um poste. Grávida, ela está em estado de choque e chegou a passar mal ao saber que a criança tinha amputado uma das pernas.

A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) e a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) emitiram nota em solidariedade a Raquel. O acidente e a perícia interromperam por mais de uma hora os desfiles, entre a segunda (Acadêmicos do Cubango) e a terceira (Unidos da Ponte) escolas.

Desfile violou normas de segurança
O Ministério Público afirmou que o desfile das escolas da Série Ouro violou as normas de segurança. A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude da Capital disse que medidas de segurança que haviam sido determinadas pela Justiça com antecedência não foram cumpridas.

A promotoria enviou ofícios, portaria do Juízo e recomendações.Os documentos foram enviados aos organizadores em março. Em uma das recomendações, há menção específica com relação à segurança no momento da dispersão dos carros alegóricos.

Ainda de de acordo com o Ministério Público, providências judiciais serão tomadas a respeito das violações.