Mãe de copiloto monta força-tarefa para encontrar filho em área onde avião caiu no RJ

“Deus está enviando anjos ao nosso auxílio, nessa luta em que estou
atrás do meu filho”

Movimentação para as buscas por José Porfírio Júnior (e) e Sérgio Dias/Divulgação/Corpo de Bombeiros

Há oito dias, Ana Regina Agostinho vive um pesadelo. Mãe do copiloto José Porfírio de Brito Júnior, de
20 anos, proprietário da aeronave PA-34-220T, que caiu na quarta-feira da semana passada entre
Ubatuba (SP) e Paraty (RJ), ela juntou fé e coragem e montou uma força-tarefa para encontrar o filho.

O grupo rumou para a região do desaparecimento da aeronave, na Costa Verde fluminense, e ganhou a
solidariedade de amigos e parentes, que também ajudam nas buscas. São pelo menos 10 pessoas na
empreitada.

O voo em que ele estava saiu às 20h30 do Aeroporto dos Amarais, em Campinas, e pousaria no
Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, mas o mesmo deixou de fazer contato por volta das
21h40.

Além de Porfírio Júnior, o voo levava o piloto, Gustavo Calçado Carneiro, de 27 anos – cujo corpo foi
localizado na quinta-feira (25) -, e o empresário Sérgio Alves Dias Filho, de 45, dono de uma empresa
de blindagem com sede em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

“Estamos eu, o pai do Júnior, a Thalya, a namorada dele; os pais dela, dois primos, um casal de
amigos e um piloto, o Sidney, que foi conosco ao mar. Ele que nos ajudou a achar a poltrona da
aeronave, que é a do Júnior. A mochila do Júnior também foi encontrada, mas levada para a delegacia
de São Sebastião, mas está complicado de ir lá buscar”, diz.

Além das 10 pessoas que participam dessa busca auxiliar, o grupo conta ainda com duas aeronaves
cedidas por amigos e um barco. “Deus está enviando anjos ao nosso auxílio, nessa luta em que estou
atrás do meu filho”, disse em conversa com o g1.