Justiça mantém prisão de Cristiane Brasil

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O pedido da defesa de Cristiane Brasil (PTB), candidata à Prefeitura do Rio, pelo relaxamento de prisão, foi indeferido no último sábado, pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), desembargador Cláudio de Mello Tavares. Os advogados de Cristiane ainda requisitaram que, em caso de soltura, a prisão preventiva fosse substituída por prisão domiciliar ou monitoramento por tornozeleira eletrônica. O desembargador negou os dois pedidos.
O maginstrado ainda determinou o cumprimento imediato da ordem do ministro Joel Ilan Paciornik no sentido de redistribuição da ação penal inicial e conclusão ao desembargador do Órgão Especial, que será sorteado hoje para analisar o caso.

Operação Catarata

A ex-deputada federal se entregou à polícia na tarde do último dia 11, após ser alvo da Operação Catarata, que investiga supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio. Ela responde por atos supostamente praticados entre maio de 2013 e maio de 2017, quando assumiu secretarias municipais nas gestões de Eduardo Paes e Marcelo Crivella.
Segundo as investigações, ela recebia propina de três formas: em dinheiro, através de depósitos em contas de outras pessoas, que devolviam os valores pra ex-deputada e também pelo pagamento de contas pessoais. Para decidir pela manutenção da prisão preventiva, o desembargador afirmou que “apura-se que há robusto panorama probatório superficial de que a paciente exerceu pressão política para auferir rendimentos dos contratos cartelizados, e, valeu-se da sua condição de detentora de cargo de secretariado de município e deputada federal para garantir o sucesso da empreitada criminosa.”

Esquema milionário

De acordo com investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, a gestão de Cristiane Brasil à frente de duas secretarias municipais do Rio escondia um esquema de desvios milionários.
Ela foi um dos alvos da segunda fase da Operação Catarata, que no último dia 11 prendeu o secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, e mais três pessoas.
A ação investiga supostos desvios em contratos de assistência social no Governo do Estado e na Prefeitura do Rio. Os investigadores dizem ter encontrado várias irregularidades em contratos assinados pela secretaria municipal de Envelhecimento e pela secretaria de Proteção à Pessoa com Deficiência, que foram comandadas por Cristiane Brasil.
A denúncia do MP afirma que, entre maio de 2013 e maio de 2017, o grupo atuou nas duas secretarias, praticando fraudes e atos de corrupção referentes à contratação da empresa Servlog Rio, de Flávio Chadud e Marcelle Chadud. Os dois foram presos.

Por: Antonio Carlos Souza / HORA H
Postagem: Jota Carvalho / HORA H