Justiça afasta delegada que acessou dados da Polícia Civil para ajudar milicianos

Delegada Ana Lúcia da Costa Barros, investigada na Operação Heron

A 1ª Vara Criminal Especializada (Organizações Criminosas, Milícias e Lavagem de Dinheiro), do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), afastou do exercício das funções a delegada Ana Lúcia da Costa Barros, mulher de um dos presos na Operação Heron, uma ação conjunta da Polícia Civil, a Corregedoria da PM e o Ministério Público do Rio (MPRJ), no último dia 20.

A força-tarefa identificou uma rede de servidores públicos ligados ao miliciano Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça ou PQD. O criminoso é ligado à quadrilha de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, considerada a maior milícia estadual.

Desde a prisão do policial penal André Guedes Benício Batalha, a Polícia Civil investiga se a delegada usou sua autoridade para acessar o banco de dados para ajudar os milicianos. As investigações apontam que a senha de Ana foi usada para obter detalhes de uma placa de carro a mando de Garça. Na decisão, o juiz Marcello Rubioli proibiu que a delegada exerça qualquer outra função pública, além de suspender seu porte de arma.