Jogador Marcinho responderá por duplo homicídio culposo, diz Polícia Civil

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Alexandre Silva de Lima morreu no local. A mulher dele, Maria Cristina José Soares, ficou uma semana internada em estado grave/Reprodução/Rede social

Responsável pela investigação da morte, por atropelamento, de um casal de professores, o delegado Alan Luxardo, titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), informou ontem que o ex-jogador do Botafogo, Márcio de Oliveira Almeida, o Marcinho, estava a uma velocidade maior do que a alegada na hora do acidente, na noite do dia 30. O atleta responderá por duplo homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

Alexandre Silva de Lima morreu no local. A mulher dele, Maria Cristina José Soares, ficou uma semana internada em estado grave. Ela passou por várias cirurgias e chegou a receber a notícia da morte de Alexandre. Na manhã da última terça-feira, o quadro dela piorou e foi entubada. No início da noite, não resistiu.

Versão contestada por testemunhas
Em depoimento na última segunda-feira, Marcinho afirmou que dirigia a 60 km/h e que tentou desviar do casal.

Testemunhas já tinham contestado a versão do jogador, afirmando que o Mini Cooper estava em alta velocidade e “costurando o trânsito”.

Uma outra pessoa ouvida pelos investigadores afirma que Marcinho passou de novo por cima de uma das vítimas ao tentar fugir do local e que o jogador poderia ter pedido ajuda para a polícia, mas fugiu.
Alexandre e Maria Cristina eram professores do Cefet, o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Eles atravessavam a Avenida Sernambetiba, no Recreio dos Bandeirantes, na altura do número 17.170, quando foram atingidos pelo carro do jogador. O casal saía da praia, onde havia colocado flores para Iemanjá, na véspera do réveillon, segundo parentes.