Jogador Marcinho é denunciado pelo MPRJ por homicídio culposo

Marcinho, ex-lateral do Botafogo e seu pai, Sérgio Lemos de Oliveira, em depoimento na 42ª DP (Recreio)/ESTEFAN RADOVICZ/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Casal Alexandre e Maria Cristina: os dois morreram após terem sido atropelados pelo jogador Marcinho, ex-Botafogo/Arquivo pessoal

O jogador Márcio Almeida de Oliveira, o Marcinho, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), com o agravante de não ter prestado socorro.

O atleta atropelou um casal de professores do Cefet no dia 30 de dezembro, na Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Alexandre Silva de Lima morreu na hora; a mulher, Maria Cristina José Soares, ficou internada uma semana, mas não resistiu.

A denúncia foi oferecida na última segunda-feira (22) à 34ª Vara Criminal da Capital. Marcinho jogou 2020 pelo Botafogo e foi dispensado no fim do ano.

De acordo com o MPRJ, Marcinho trafegava acima da velocidade permitida quando atropelou os dois professores. Um laudo da Polícia Civil atestou que o carro do jogador estava a 98 km/h — quando o limite da via é de 70 km/h.

A denúncia cita ainda que, após o impacto, o atleta seguiu com seu veículo. Câmeras de segurança mostram Marcinho parando o carro perto do local do acidente e indo para a casa de um amigo.

Em depoimento, Marcinho afirmou que dirigia a 60 km/h e que tentou desviar do casal. Testemunhas já tinham contestado a versão do jogador, afirmando que o Mini Cooper estava em alta velocidade e “costurando o trânsito”. A pena prevista para esse caso é de até seis anos de prisão.

Bebeu chope
Imagens de câmeras de segurança mostram Marcinho tomando chope em um restaurante no dia do acidente. De acordo com a polícia, o jogador bebeu cinco chopes e uma água. O jogador se apresentou à polícia cinco dias depois do atropelamento, o que não permitiu exame toxicológico.