Japeri virou ‘casa de puta governada por sacana’ na Baixada

Fernanda Ontiveros comanda a Prefeitura de Japeri/Reprodução

Prefeitura de Japeri: nomeações e contratação polêmicas, como da Digrapel Distribuidora de Papel e Gráfica Ltda/Reprodução

 

Terra da desordem

Atual governo tem feito fama negativa por descumprir acordos e contratar empresa sem licitação

Longe se foi o tempo que Japeri era uma terra ordeira. O atual governo, por exemplo, que o diga. Há pouco mais de oito meses no comando do município da Baixada Fluminense, a prefeita Fernanda Ontiveros (PDT) tem feito história com polêmicas que vão desde a contratação de empresa sem licitação, descumprimento de acordos com aliados políticos, nomeações de parentes e a criação de supersecretários, com acúmulo de até cinco secretarias.

De acordo com informações, a prefeitura teria contratado, com dispensa de licitação, uma empresa com sede fora do estado do RJ para publicação dos atos oficiais do município. A Digrapel Distribuidora de Papel e Gráfica Ltda, que fica em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, presta serviços ao município desde o início do governo. No Portal de Transparência da Prefeitura não consta nenhuma referência sobre a empresa ou valores pagos no exercício de 2021.

Irmã no comando da Educação
Logo que assumiu, Ontiveros já criou polêmicas que colocaram em dúvida a seriedade do seu governo. Ela nomeou a a irmã, Caroline Ontiveiros, para comandar a Secretaria de Educação, com 33 escolas e 14 mil alunos.

Mas a polêmica do ano são os supersecretários. O advogado Francisco Nacélio foi nomeado secretário das pastas de Administração; Saúde; Orçamento e Gestão de Recursos; Urbanismo e Habitação; e Meio Ambiente. Uma reportagem publicada pelo portal G1, em janeiro deste ano, informa que a lista de nomeações criada pela prefeita conta ainda com aliados políticos indicados para comandar secretarias que sem o conhecimento técnico na área, o que contradiz o discurso de Fernanda, segundo o qual sua equipe de secretários foi escolhida ‘seguindo critérios técnicos’.

Secretário de pasta já foi denunciado por esquema de desvio de verbas
Outra polêmica foi a nomeação do comunicador Rogério Santana da Silva para a Secretaria de Assistência Social e Trabalho. Em 2018, o então secretário de Assistência Social, em Mesquita, também na Baixada Fluminense, foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento em um esquema de desvio de R$ 4 milhões em verbas federais.

A desordem da falta de critério técnico segue com nomeação do ex-candidato a vereador Jorge Dantas (PDT). Ele é técnico em contabilidade, mas comanda a Secretaria de Segurança e Ordem Pública. E por fim, Ontiveros nomeou como procurador geral do município o advogado Jorge Azevedo Viana Dória. Ele é casado com Maria Lúcia Azevedo Viana Dória, presidente do Instituto de Servidores Públicos de Japeri (Previ Japeri).