Japeri entra na mira da PF por fraude em licitação na compra de testes para covid

A sede da prefeitura foi um dos alvos dos agentes federais

Os agentes também estiveram na Secretaria de Administração e na Controladoria Geral do Município onde recolheram documentos

A investigação da Polícia Federal aponta que três empresas se uniram para fraudar uma licitação de
compra de testes rápidos para Covid-19 no valor de R$ 2 milhões. O contrato com a Prefeitura de Japeri foi direcionado para que uma das empresas fosse a vencedora.

Na manhã de hoje (14), a PF desencadeou a Operação Reativo contra a suspeita de compras
superfaturadas de testes rápidos pelo município da Baixada Fluminense. Os investigados vão responder
pelo crime de fraude à licitação e peculato (quando um funcionário público se apropria de um bem ou
valores que ele tenha acesso em razão do cargo que ocupa).

Segundo o delegado Samuel Escobar, os contratos apurados somam o montante acima de R$ 20
milhões. “As diligências realizadas, através de medidas cautelares concedidas pela Justiça, buscaram
sequestro de bens, sequestro de veículo e bloqueios de contas”, informou. As equipes de policiais
estiveram na sede da prefeitura, na Secretaria de Administração e na Controladoria Geral do Município e recolheram documentos e arquivos.

A ação de de ontem é um resultado da Operação Apneuse, iniciada em outubro de 2020: uma análise
realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), em contratos da Prefeitura de Japeri, comprovou
sobrepreço na compra de respiradores.

Operação Apneuse
Em outubro de 2020, a PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na investigação da compra de respiradores obsoletos e superfaturados para o tratamento da Covid em Japeri. Na ocasião, a então
secretária de Saúde de Japeri, Rozilene Souza Moraes dos Anjos, foi afastada do cargo.