Homem que matou esposa queimada agredia vítima e filhos com frequência

Nathália foi agredida e depois queimada no porta-malas do carro por Ivo Batista Gaudêncio

Vizinha conta que já teve que acionar a polícia duas vezes para denunciar Ivo Batista Gaudêncio. Ele deu entrada no Hospital da Posse com queimaduras nas mãos e nos pés/Reprodução

Ivo Batista Gaudêncio, de 37 anos, confessou ter matado a esposa, Nathália Amanda Brasil, de 33 anos. Preso no último domingo, no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, o homem tinha histórico de agressões contra a vítima, os filhos e os enteados.

O corpo da vítima foi encontrado carbonizado dentro do porta-malas do carro dela na semana passada na Rua Doutor Luiz Carlos, no bairro Cerâmica, em Nova Iguaçu. No mesmo dia, Ivo deu entrada no hospital com queimaduras de segundo grau provocadas por gasolina nos pés, pernas, braço e na barriga. Ele estava sob custódia na unidade.

De acordo com relatos de uma vizinha, o assassino de Nathália saiu para buscá-la na estação de Nova Iguaçu, e ela não foi mais vista. Ela teria dito para ele que queria se separar. “Ele é um cara muito complicado, brigava com todo mundo. Batia nela e nos filhos, então o histórico já é de agressão mesmo”, disse ao jornal ‘Extra’.

Nathália deixou quatro filhos de idades entre 2 e 15 anos, os dois mais novos, um de 2 anos e outro de 11 anos de idade, são filhos de Ivo. A vizinha informou que já chegou a chamar a polícia duas vezes para denunciar o marido por agressões contra a família.

Mentiu em depoimento
Agentes da especializada informaram que Ivo mentiu em depoimento dizendo que ele e Nathália teriam sido sequestrados e que os criminosos também atearam fogo nele.

Porém, imagens de câmeras de segurança mostraram que a versão apresentada por ele era falsa. Em um segundo depoimento, Ivo acabou confessando o crime, e disse que bateu com a cabeça da vítima no porta-malas do carro, a trancou dentro do veículo e colocou fogo.

A motivação do crime, segundo os policiais, teria sido ciúmes por causa de mensagens visualizadas no celular da vítima.