Homem que aplicava golpe e estuprou mais de 50 mulheres vai em cana

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Golpista se passava por jornalista americano para atrair as vítimas/Divulgação/Polícia Civil 

Ele se passava por milionário em sites para aplicar golpes e estuprar mulheres. Eliezer de Queiroz Moreira, de 33 anos, foi preso, na última quinta-feira por agentes da 20ª DP (Vila Isabel), que localizaram o bandido na casa de sua irmã, em Campo Grande, na Zona Oeste.

O suspeito enganava e levava as vítimas para motéis, onde as obrigava a ter relações sexuais com ele, que tinha comportamento agressivo. De acordo com a polícia, foi cumprido mandado de prisão preventiva por estupro, estelionato, corrupção de menores e constrangimento ilegal.

As investigações apontam que ele enganou mais de 50 vítimas desde 2016. O homem já havia sido preso em agosto deste ano, em cumprimento a mandado de prisão temporária. Após ser solto, continuou cometendo os mesmos crimes.

Perfil falso
Eliezer criava um perfil falso em um site de relacionamento e se apresentava como dono de um negócio em Miami. Ele usava imagens de carros de luxo e jatinhos, ostentando uma vida milionária para atrair as mulheres. Para elas, prometia uma renda semanal que poderia chegar a 1 mil dólares. Quando atraía uma vítima, ele enviava um comprovante de depósito bancário que poderia chegar a R$ 10 mil, dizendo que o dinheiro é para que ela fingisse ser namorada de um sobrinho que tinha depressão.

Fotos de Freddy Shermann
Em uma rede de relacionamentos, Eliézer se passava por outra pessoa e exibia fotos do jornalista americano Freddy Shermann, com carros e itens de luxos, como sendo ele. Durante as conversas, o falso milionário dizia às mulheres que tinha um sobrinho, que sofria de depressão, e elas poderiam se relacionar com ele em troca de presentes, dinheiro e outras vantagens.

O tal sobrinho era, na verdade, Eliézer, o mesmo que aplicava os golpes. No entanto, as vítimas acreditavam na história do “sugar daddy” pois recebiam um comprovante de pagamento antes do encontro. Um deles chegou a ter valor de R$ 7 mil.
Somente depois as vítimas descobriam se tratar de um golpista, que ameaçava, agredia e abusava das vítimas, de acordo com as investigações da polícia.

“Ele marcava os encontros sempre às sextas-feiras e mandava o comprovante do depósito. As vítimas arcavam com os custos de motel, restaurantes, achando que receberiam o dinheiro para cobrir os gastos. Quando chegava na segunda, o dinheiro não caía na conta delas, e somente nesse momento elas ficavam sabendo que foram vítimas dele”, revelou o delegado.