Grupo político de pré-candidato à Prefeitura de Nova Iguaçu trabalha para ‘destruir’ governo de Rogério Lisboa

Lisboa

Prefeito Rogério Lisboa, Delegado Carlos Augusto e Igor Gavazzi. Equipe de fiscalização no Centro de Nova Iguaçu/Reprodução

Se o governo de Rogério Lisboa, de Nova Iguaçu, fosse o roteiro de um filme, teria como título ‘Inimigo meu’. A justificativa está nas escolhas de nomes para compor a equipe do primeiro escalão do chefe do Executivo, mais especificamente para a Secretaria de Segurança Pública.

Anteriormente comandada por Igor Gavazzi, a pasta agora está sob a chefia do subsecretário Carlos Meireles Martins Júnior. Os dois têm mais em comum do que possa parecer. Ambos são sócios de uma empresa, a Porto Gavazzi Construtora e Comércio Ltda., com capital social de R$ 200 mil, conforme a base de dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. E possuem, segundo uma fonte revelou à reportagem do Hora H, estreita ligação com o deputado estadual Carlos Augusto Nogueira Pinto, mais conhecido como Delegado Carlos Augusto, pretenso pré-candidato a prefeito pelo PSD.

Pulga de bunda’
Conhecido nos bastidores da política iguaçuana como ‘pulga de bunda’, o grupo liderado pelo parlamentar teria como objetivo desmoralizar e desestabilizar o governo de Rogério Lisboa. Meirelles, que também integraria o grupo teria, ao lado de Gavazzi, construído um depósito de veículos apreeendidos no antigo terceiro distrito da cidade.

Igor, que supostamente foi nomeado para a Secretaria de Segurança por indicação de Carlos Augusto, rompeu com Rogério e, segundo comentários dos bastidores da política, estaria planejando entrar na disputa para o cargo de prefeito.

Choque de ordem com dose de exagero gera críticas ao governo
Ainda de acordo com informações, as ações de choque de ordem determinadas pelo subsecretário Carlos Meireles na região central da cidade têm desenhado um quadro negativo do governo. Enquanto o calçadão do maior Shopping a Céu Aberto da Baixada voltou ser um ‘formigueiro humano’ em meio às restrições da pandemia pelo coronavírus, em outros pontos da cidade, as ações de Meirelles colocam em dúvida a gestão de Lisboa.

Entre elas está a de retirada de outdoors de propriedade de várias empresas de propaganda, realizada por equipes da Prefeitura, na semana passada. A medida foi duramente criticada pelos empresários que a despeito do que alega a pasta, as condições das estruturas estavam de acordo com o que recomenda o Código Municipal de Posturas, segundo o qual a publicidade deve “ser mantida em bom estado de conservação e em perfeitas condições de segurança”.

Para muitos, o protagonismo ‘exagerado’ de Meirelles é sustentado por uma fachada política que pode representar um tiro no pé em futuro não muito distante. Já o passado do subsecretário enquanto 2º tenente da Polícia do Exército o condena. Na próxima edição, o Hora H irá contar porque a corporação fez um acordo com o tráfico de drogas do Rio.

 

Reportagem: Antonio Carlos