Governador Nova York renuncia após escândalo de assédio sexual

Andrew Cuomo informou que sua renúncia entrará em vigor em 14 dias/Reuters/CAITLIN OCHS/Direitos Reservados

ESTADOS UNIDOS – O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou ontem sua renúncia do cargo, após investigação afirmar que ele assediou sexualmente 11 mulheres. O escândalo aumentou a pressão e pedidos do presidente Joe Biden e outros para saída do político que era visto como um possível candidato à Presidência dos Estados Unidos.

Cuomo, um democrata que servia desde 2011 como governador do quarto Estado mais populoso dos EUA, fez o anúncio depois que a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, em 3 de agosto, divulgou os resultados de uma investigação independente de cinco meses que concluiu que ele havia se envolvido em conduta que violou leis federais e estaduais.

A investigação, detalhada em um relatório de 168 páginas, concluiu que Cuomo apalpou, beijou ou fez comentários sugestivos para mulheres, incluindo atuais e ex-funcionários do governo – uma delas policial estadual – e retaliou pelo menos uma mulher que o acusou de má conduta sexual. Cuomo nega qualquer irregularidade.

Primeira mulher no cargo
A vice-governadora Kathy Hochul, uma democrata do oeste de Nova York, assumirá o comando do Estado de mais de 19 milhões de pessoas até o final do mandato de Cuomo em dezembro de 2022, conforme definido na Constituição estadual, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo.

A renúncia de Cuomo marca a segunda vez em 13 anos que um governador de Nova York renuncia após um escândalo – em 2008 foi Eliot Spitzer que deixou o cargo por envolvimento com prostitutas. Ele também se tornou o mais recente poderoso derrubado após a ascensão do movimento social #MeToo contra o abuso e assédio sexual que abalou a política, Hollywood, o mundo dos negócios e os locais de trabalho.