Força-tarefa contra milícia prende 17 na capital e na Baixada Fluminense

Preso em operação contra a milícia chega à Cidade da Polícia /Reprodução

Leonardo é um dos presos na operação. Com ele, os agentes apreenderam uma farda da PM/Reprodução

Agentes da DDSD atuaram em depósitos de gás clandestinos/Reprodução

Jasiel Farias de Brito (c), apontado como responsável por loteamentos clandestinos na região de Campo Grande, foi preso com outros dois corretores que, segundo a polícia, estavam a serviço dos criminosos/Reprodução 

Recompensa pela prisão de Tandera aumentou de R$ 1 mil para R$ 5 mil/Divulgação

Operação da Polícia Civil mira nas fontes de renda de grupos paramilitares que atuam nas regiões.

Minar as fontes de renda e cumprir mandados de prisão. Esse foi o objetivo da operação realizada hoje (21) pela Polícia Civil contra integrantes de milícias no Rio e na Baixada Fluminense para “asfixiar” as fontes de renda das quadrilhas. Na ação, 18 pessoas foram presas.

Um dos presos é Leonardo Paulo de Souza, vulgo Alladin ou Léo do Rodo, que era considerado um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em 12 de junho. Ele era o chefe da milícia da localidade do Rodo, em Santa Cruz, na Zona Oeste. Com o bandido, foi apreendida uma farda da Polícia Militar, que já foi utilizada em ações criminosas, segundo investigações.

Entre eles está Arilson Lopes de Amorim, conhecido como Arilso. Ele é integrante da milícia que atua no bairro de Andrade de Araújo, em Belford Roxo. Segundo as investigações, a quadrilha é controlada por Marcinho Bombeiro, que foi detido em 2019.
Na Zona Oeste do Rio, os agentes prenderam no bairro Santa Cruz Bruno Lima Luiz, vulgo Bruninho do João XXIII. Contra ele, havia mandados de prisão por roubo majorado e estupro.

Depósitos clandestinos
Os policiais da Delegacia de Serviços Delegados (DDSD) e da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) desarticularam quatro depósitos de gás clandestinos explorados pelo miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, e encontraram provedores ilegais de internet explorados pelo bando.

Entre os presos, também está Jasiel Farias de Brito. Ele é responsável por loteamentos clandestinos na região de Campo Grande, inclusive o do Monte das Oliveiras. Ele foi preso com outros dois corretores que, segundo a polícia, estavam a serviço dos criminosos. Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) prenderam um suspeito com vários mandados de prisão por homicídio a mando de uma milícia na capital.

Crimes investigados
De acordo com as especializadas, entre os crimes praticados pelos paramilitares que são alvo de investigação estão: cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet; armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados e contrabando; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro.