Fiocruz investiga dois casos suspeitos de mal da vaca louca na Baixada

Pacientes estão internados, em isolamento, no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está investigando dois casos suspeitos do mal da vaca louca em moradores da Baixada Fluminense. Os dois pacientes estão internados, em isolamento, no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em Manguinhos, na Zona Norte do Rio.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que um reside em Belford Roxo, e o outro, em Duque de Caxias. A Fiocruz não disse se são mulheres ou homens, há quanto tempo estão internados, nem onde ocorreu a suposta contaminação. A Prefetura de Caxias, entretanto, afirmou que o paciente atendido na cidade é um homem de 55 anos de idade.

Em nota divulgada ontem, a Fundação confirmou que “o INI/Fiocruz recebeu dois pacientes com suspeita de encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como ‘Doença da Vaca Louca’.
Ambos estão internados no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 do INI”.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, o paciente acompanhado no município apresentou sintomas de demência e ataxia (perda ou irregularidade da coordenação muscular).
A doença da vaca louca ficou conhecida nos anos 80 e 90 depois que um surto no Reino Unido fez com que milhões de cabeças de gado fossem abatidas. É uma doença cerebral, degenerativa, fatal, que afeta gado e pode infectar humanos se houver o consumo de carne contaminada.

Em setembro, o Ministério da Agricultura e Pecuária tinha confirmado dois registros da doença em animais em Belo Horizonte (MG) e Nova Canaã do Norte (MT). Na época, o ministério afirmou que foram dois casos atípicos, isolados, de gado que não chegou a ser comercializado. Ou seja, sem risco à saúde pública.

Desde então, no entanto, as exportações de carne bovina do Brasil para a China estão suspensas. Pequim é o maior comprador, e a paralisação tem derrubado o preço da arroba.