Filho do bicheiro Rogério Andrade entra na mira da lista vermelha da Interpol

Gustavo de Andrade é considerado foragido da Justiça

 

Rogério e Gustavo de Andrade já foi incluído na lista da Interpol/Reprodução

Justiça do Rio quer inclusão de Gustavo de Andrade e Silva na lista vermelha da polícia internacional

A 1ª Vara Criminal Especializada da Capital solicitou no dia 3 de junho que a Polícia Federal inclua o nome de Gustavo de Andrade e Silva na lista de procurados da Interpol difusão vermelha. Também chamado de Príncipe Regente, ele é filho do bicheiro Rogério de Andrade, que também é procurado
pela polícia internacional.

Na “Operação Calígula”, que o Ministério Público deflagrou no dia 10 de maio, Gustavo aparece como o número 2 na hierarquia criminosa montada pelo pai. A operação teve mais de 30 denunciados, 14 presos e Gustavo e Rogério como foragidos.

A “difusão vermelha” (“red notice”) é uma lista de procurados, que emite um alerta para todos os países membro da Interpol. Caso o criminoso esteja em algum desses territórios, esses países se comprometem extraditar a pessoa procurada para o local onde ela cometeu o crime.

Expandiu seus negócios
De acordo com a denúncia do MP, que embasou a “Operação Calígula”, Rogério expandia seus negócios de exploração de jogos de azar em vasta área geográfica, mediante a imposição de domínio territorial com violência, além da prática reiterada e sistêmica dos crimes de corrupção ativa, homicídio, lavagem de dinheiro, extorsão, ameaça, dentre outros.

O bicheiro é apontado como o chefe da organização criminosa que contava ainda com o PM reformado Ronnie Lessa e a delegada Adriana Belém, que facilitava as ações do grupo.

 

Adriana Cardoso Belém foi presa com quase R$ 1,8 milhão/Reprodução

Delegada pode ser expulsa da Polícia Civil
A Corregedoria da Polícia Civil do Rio instaurou um procedimento administrativo disciplinar contra os quatro suspeitos de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Rogério Andrade, e do PM reformado Ronnie Lessa. Publicada na última segunda-feira (6) no Diário Oficial do estado do RJ, a abertura do inquérito pode causar a expulsão dos agentes.

Entre os suspeitos, está a delegada Adriana Cardoso Belém, presa com quase R$ 1,8 milhão, seu antigo chefe de investigação, inspetor Jorge Luiz Camillo Alves; o delegado Marcos Cipriano e o inspetor Vinicius de Lima Gomez. O último e Camillo não tiveram prisão decretada pela Justiça até o momento, enquanto os outros dois foram presos em maio deste ano, na operação Calígula.

O ex-chefe de investigação de Adriana está em prisão domiciliar desde setembro do ano passado por causa de outro processo, acusado de envolvimento com milícias, e Vinicius está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.