Filha de Elias Maluco desabafa e divulga carta nas redes sociais: ‘Mataram meu pai’

Traficante - manchete

A carta teria sido enviada por Elias Maluco à família/Reprodução  

A filha do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, de 54 anos, usou suas redes sociais e reproduziu trechos de cartas enviadas pelo pai. Julia Fernandes fez um dsabafo: ‘Mataram meu pai. Ele não se suicidou. Tenho certeza”, escreveu. O bandido foi encontrado morto na última segunda-feira na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Segundo informações, ele tinha sinais de enforcamento.

Julia publicou uma carta escrita a mão enviada para sua mãe. Com a data de 19 de agosto de 2020. Ela ressalta que em todas as cartas, Elias mandava mensagens de esperança e saudades da família. “Essa carta minha mãe recebeu essa semana! Isso é carta de alguém que tava pensando em suicídio? Toda carta dele, ele dizia que não via a hora de estar com a gente aqui fora, cheio de esperança, sempre e sempre! Só queria sair e aproveitar a família!”, disse.

PF diz que caso indica suicídio
Responsável por apurar as circunstâncias acerca da morte de Elias Maluco, o delegado da Polícia Federal Daniel Martarelli da Costa disse que o caso, a princípio, é tratado como um “suicídio clássico”. “No local, apreendemos algumas cartas que se encontravam na cela do preso. Também fizemos oitivas com os agentes que o encontraram e obtivemos imagens das câmeras de segurança. Nas cartas, ele não relatou o motivo do ato, mas diz, basicamente, que não tinha mais vontade de viver e pediu perdão à família, dizendo que não era um ato de covardia, mas, sim, de coragem, que ele se sentia pronto para aquilo. Ele não relatou nada sobre ameaça ou motivação. Eu não posso afirmar, obviamente vai ter um laudo pericial para isso, mas pelos indícios, tudo indica para um suicídio clássico”, disse o delegado.

Integrante da facção criminosa Comando Vermelho e considerado líder do tráfico de drogas no Complexo de favelas do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, Elias estava preso desde setembro de 2002. Em 2005, ele foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão pela morte do jornalista Tim Lopes.