Extremista ‘viking’ que invadiu o Capitólio assume culpa

Jacob Chansley no dia da invasão ao Capitólio dos EUA/Manuel Balce Ceneta/AP

ESTADOS UNIDOS – Um dos extremistas que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro deste ano assumiu a culpa pelo ato e fez um acordo judicial ontem (3). Jacob Chansley ficou conhecido por ter usado chifres durante a invasão que interrompeu a votação do Colégio Eleitoral. Ele chegou a ser comparado com um viking por conta da vestimenta.

Na imprensa americana Chansley ficou conhecido como o “Xamã do Qanon” por fazer parte do grupo de extrema direita adepto a teorias da conspiração. Ele foi preso de forma preventiva há quase oito meses, ainda durante as investigações, e terá sua sentença decretada em novembro deste ano.

O extremista era acusado por seis crimes, ao todo, mas após o acordo responderá por apenas uma delas. Chansley pode pegar até 20 anos de prisão por ter ajudado a obstruir os procedimentos eleitorais, crime pelo qual ele confessou.

Relembre o ataque
Em 6 de janeiro, acontecia a sessão para certificar a vitória do presidente eleito Joe Biden – algo que é, costumeiramente, uma formalidade na qual os votos do Colégio Eleitoral são apenas contados pelo vice-presidente diante dos parlamentares das duas casas.

A invasão do local pelos apoiadores do então presidente Donald Trump ocorreu justamente enquanto Câmara e Senado debatiam se acatavam ou não uma objeção aos resultados do Arizona — tradicional reduto republicano vencido por Biden na eleição de novembro do ano passado.
Senadores e deputados foram retirados do local da sessão e levados a uma área segura do prédio. Mike Pence, que presidia a sessão, foi retirado do Capitólio. Houve vandalismo, e gás lacrimogêneo foi disparado pela polícia. Cinco pessoas morreram.