Ex-policiais são presos por roubo de R$ 33 milhões

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Presos são acusados de participar de roubo milionário. Foto: Marcelo Carnaval

A Polícia Civil faz uma operação, na manhã desta segunda-feira, para cumprir quatro mandados de prisão e 40 de busca e apreensão em vários pontos do Rio. De acordo com a polícia, os alvos são acusados de participarem de um roubo milionário – de cerca de US$ 33 milhões e euros – do empresário Miguel Ângelo Santos Jacob, um mês antes de ele ser assassinado em abril deste ano, depois de deixar o filho na escola, na Barra da Tijuca.

Marcos Paulo da Silva Rocha, de 42 anos, ex- agente da Polícia Federal, foi encontrado em seu apartamento, na Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, e não ofereceu resistência. O imóvel é de classe média alta. Segundo a polícia, Marcos foi expulso da PF, por furto de drogas e dinheiro irregular apreendido. Também foram detidos um ex-policial civil e um outro homem ainda não identificado. A polícia ainda procura um policial civil da ativa.

A Operação Fenix conta com agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), da Corregedoria Interna da Instituição (Coinpol); e da Corregedoria de Polícia Federal. Ao todo, são 80 policiais civis e 20 policiais federais. Entre os 40 mandados de busca e apreensão, três estão relacionados ao sumiço de um fuzil da Polícia Federal.

Segundo a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, a partir da captura dos suspeitos os investigadores esperam descobrir se houve mais participantes do roubo milionário sofrido pelo empresários e até a autoria do assassinato dele.

De acordo com o delegado Fábio Cardoso, no dia 3 de março deste ano, os criminosos invadiram a casa da mãe de Miguel, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca e roubaram cerca de US$ 33 milhões que ele havia deixado lá guardado. Pouco mais de um mês depois, o empresário foi assassinado.

Durante as investigações da morte de Jacob, a DH descobriu que a motivação deste crime estava relacionada ao roubo sofrido pelo empresário, que foi condenado em 2015 a 11 anos de prisão por ter vendido remédio falso para tratamento de câncer. Ele, no entanto, obteve o direito de recorrer à sentença em liberdade. Distribuído pela empresa de Jacob, o produto, usado em tratamento de leucemia, tinha zero por cento de princípio ativo, ou seja, não funcionava. Ele chegou a ser vendido a clínicas e hospitais especializados em pacientes com câncer.

A polícia ainda tenta identificar outras pessoas que possam ter algum envolvimento no roubo e no homicídio sofridos pela vítima.