Eleições: ‘zero um’ do presidente terá a chave do ‘cofre’ das campanhas do PL em 2022

O senador Flávio Bolsonaro terá o poder de decisão no rateio de verbas para as campanhas eleitorais do P

Flávio Bolsonaro terá poder de decisão no rateio de R$ 280 milhões para a corrida eleitoral da legenda

BRASÍLIA – Está nas mãos do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) o poder de decisão no rateio de verbas para as campanhas eleitorais do PL para as eleições deste ano, em especial a do próprio presidente e seu pai, Jair Bolsonaro. Membros da bancada da legenda na Câmara dos Deputados disseram que as quantias reservadas a cada um dos parlamentares dependerão totalmente de deliberação conjunta do filho “zero um” do presidente e de Valdemar Costa Neto, que preside o PL.

As fatias reservadas a cada candidato são motivo de forte preocupação interna entre os mandatários da sigla. É que os recursos deverão prioritariamente ser destinados à campanha à reeleição de Jair Bolsonaro.

Wellington Roberto (PB), ex-líder da bancada na Câmara, disse que “isso será decidido pelo Valdemar e pelo Flávio. Para o político, o dinheiro de campanha sempre vai ser pouco. Temos que fazer com o que tem”.

A dúvida que paíra na bancada é sobre a estrutura financeira que será dada para os atuais parlamentares arcarem com os custos eleitorais, especialmente os de Estados com mais votantes e os que não conseguem alcançar milhões de eleitores pelas redes sociais.

Com a filiação de Bolsonaro, a bancada cresceu de 33 para 78 deputados. Eles sabem que a prioridade será a reeleição do presidente e têm dito que as liberações aos parlamentares dependem da estratégia eleitoral que será montada por Flávio Bolsonaro, filho que mais se dedica à burocracia eleitoral do pai.

Fundão eleitoral
Para este ano, o PL terá cerca de R$ 280 milhões do chamado fundão eleitoral. O cálculo que se faz na bancada é negativo especialmente para os deputados federais e estaduais. Membros do PL estimam que, no mínimo, R$ 30 milhões do fundão serão direcionados à campanha de Bolsonaro, R$ 50 milhões para a campanha de candidatos a governador e mais R$ 50 milhões a postulantes ao Senado.

Restariam R$ 150 milhões para a campanha de deputados. A quantia representaria menos de R$ 2 milhões para cada um dos atuais 78 integrantes da bancada, sem levar em conta os candidatos às assembleias legislativas. (Agência Estado)