Dupla é presa por tentativa de golpe do empréstimo consignado no Rio

Thaís Franco Fontes, 28, que trabalha como supervisora no grupo, também foi presa/Divulgação

Rafaela Valéria e Thaís Fontes foram presas por agentes da 29ª DP/Divulgação

Investigação apontou que idosa foi procurada para, supostamente, receber R$ 30 mil da Previdência.

Duas suspeitas de tentar aplicar o “golpe da margem consignável” em uma idosa foram presas em flagrante, na última quarta-feira, por agentes da 29ª DP (Madureira). A Polícia Civil informou que no dia 4 deste mês, Rafaela Valéria dos Santos, de 22 anos, acompanhada de outra mulher que ainda não foi identificada, foi até a casa da aposentada e contou que ela tinha direito a receber R$ 30 mil referentes a um “saldo acumulativo” de valores pagos à Previdência.

A mulher conseguiu convencer a vítima que entregou identidade e cartão bancário com a promessa de que o valor seria depositado na conta bancária dela. Segundo as investigações, quatro dias depois, Rafaela disse que o dinheiro já estava disponível na conta, mas que a idosa teria que transferir esse dinheiro para a conta do Grupo Santana, onde as investigadas trabalham. O argumento para convencer a idosa foi que o valor seria valor parcelado e pago junto com a aposentadoria.

A idosa desconfiou da armação e foi até a agência bancária da qual é cliente. Lá, descobriu que foi feito um empréstimo bancário, sem que ela soubesse, no valor de R$ 30.574,00. A vítima deixou a agência e foi à delegacia procurar ajuda.

Na ação coordenada pelo delegado titular Neilson Nogueira também foi presa Thaís Franco Fontes, 28, que trabalha como supervisora no grupo. A investigação aponta ainda que foi ela quem convenceu a vítima a fazer a transferência, o que para os policiais indica que a mulher sabia do golpe.

Flagra na hora h
As golpistas foram presas quando a idosa, acompanhada de uma neta, foi ao banco se encontrar com a dupla para concluir a transação.

A polícia informou que para fingir que o negócio era legal, a dupla pretendia simular uma “cessão de crédito” por meio de um contrato que já estava pronto. No entanto, os investigadores ressaltam que a idosa não havia sido informada e nem autorizou que fosse feito nenhum empréstimo. As presas vão responder por tentativa de estelionato e crime contra as relações de consumo.