DRE prende integrantes de Cartel de Cáli que se aliou a facção do Rio

Os presos em flagrante atuavam com o dinheiro do tráfico para concede empréstimos/Divulgação 

Os agentes apreenderam anotações que detalham a distribuição do dinheiro e das cobranças, além de quase R$ 50 mil em espécie/Divulgação

Integrantes de organização criminosa mais violenta da Colômbia são presos após firmarem aliança bandidos do Rio de Janeiro

Uma operação conjunta da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da 33ª DP (Realengo) cumpriu nesta segunda-feira (25) mandados de busca e apreensão em endereços vinculados a um grupo de colombianos que oferece empréstimos com o dinheiro lavado do tráfico de drogas.

Dois dos presos são ex-integrantes do Cartel de Cáli, uma das principais e mais violentas organizações criminosas dedicadas ao narcotráfico da Colômbia. Além dos irmãos Jesus Franceny Bedoya Giraldo, de 52 anos, e Javier Bedoya Giraldo, 48, também foram grampeados Cristian David Bedoya Carvajal, 27, Edwin Adolfo Osorio Betancurt, 28, e Leidy Xiomara Hincapie Valencia, 29.

De acordo com as investigações, o grupo firmou um acordo com a maior facção criminosa do estado do Rio. Pelo esquema, o dinheiro abastecia o caixa da quadrilha, que emprestava para terceiros cobrando juros exorbitantes. A Polícia Civil acredita que os colombianos exportaram para o Brasil uma estratégia comum no país-natal.

“Aqui, no Rio, a agiotagem é uma atividade peculiar de grupos paramilitares. O que esses estrangeiros fizeram foi introduzir essa prática no narcotráfico, como é comum na Colômbia”, pontuou o titular da DRE, delegado Marcus Amim.

Distribuição do dinheiro e das cobranças
Os agentes apreenderam no local, anotações que detalham a distribuição do dinheiro e das cobranças, além de quase R$ 50 mil em espécie. Os cinco colombianos foram presos em flagrante pelos crimes de associação criminosa e usura.

“Com o material arrecadado, esperamos concluir as investigações em relação aos crimes de organização criminosa, extorsão e lavagem de dinheiro”, declarou Rodrigo Coelho, delegado-assistente da especializada.