Dona de casa é assassinada a facadas após o fim do relacionamento em Nova Iguaçu

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Alexandre teria chamado Eucida Teixeira no portão e aplicado várias facadas. Ele queria reconciliação, mas ela disse ‘não’ e pagou com a vida. A arma do crime (abaixo) foi apreendida/Reprodução/Whatsapp

Eucida Teixeira Ambrósio dos Santos, de 36 anos, entrou para as estatísticas de crimes de feminicídios do Rio de Janeiro. Ela foi assassinada pelo ex-companheiro que não aceitava o fim do relacionamento. na noite do último sábado o bairro Comendador Soares, em Nova Iguaçu. Depois de esfaquear a mulher, Alexandre dos Santos Gonçalves, conhecido como Bolota, 47,foi para um baile na quadra da Escola de Samba Leão de Nova Iguaçu, em Santa Eugênia, onde acabou preso por policiais militares do 20ºBPM (Mesquita) após denúncia de familiares.
Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que estão investigando o caso, apreenderam a arma do crime no local onde a mulher foi esfaqueada.

Filha da vítima presenciou o crime
Sob forte comoção e revolta, o sepultamento de Eucida aconteceu na tarde de ontem, no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu. Durante o velório, a filha mais velha está inconsolável e sendo amparada por familiares. “Eu quero a minha mãe, quero a minha mãe de volta. Eu vi tudo. Vi ele matar a minha mãe na porta de casa. Não pude nem socorrer a minha mãe. Não consegui fazer nada”, dizia aos prantos Evelyn Teixeira, de 18 anos.

Medida protetiva pela Justiça
De acordo com os familiares, os dois foram casados durante quatro anos e há quatro meses, ela pediu a separação. O suspeito não aceitou a passou a fazer ameaças. Elcida registrou queixa e conseguiu uma medida protetiva. Mas Eucida decidiu retirar a queixa e decidiu dar uma nova chance a Alexandre. Os dois, porém, não conseguiram reatar e as ameaças voltaram.

Uma mulher morta a cada cinco dias
O Dossiê Mulher, divulgado anualmente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) aponta que a cada cinco dias uma mulher é assassinada no estado do Rio de Janeiro. Segundo o documento, em 2018, 71 mulheres foram vítimas do feminicídio no estado. Mais de 62% dessas mortes ocorreram dentro da residência das vítimas e mais de 56% dos crimes foram cometidos pelos companheiros e ex-companheiros das vítimas.