DHC pede a prisão de mais dois envolvidos na morte do contraventor Fernando Iggnácio

Contraventor-00

Imagem de câmeras de segurança mostram Rodrigo,Ygor, Pedro e outro homem não identificado saindo de prédio onde fuzis foram encontrados. Em outra imagem, grupo entra no heliporto/Reprodução

Além deles, um PM e um quarto suspeito ainda não identificado, têm envolvimento na execução de Fernando Iggnácio

A prisão de mais dois suspeitos de participação na execução do contraventor Fernando Iggnácio, no último dia 10, no estacionamento de uma empresa de táxi aéreo, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, foi pedida ontem à Justiça pela Delegacia de Homicídios (DH) da Capital. Os envolvidos são o ex-PM Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, o Pedrinho, eYgor Rodrigues Santos da Cruz, o Farofa.

O terceiro envolvido no crime é o cabo da PM Rodrigo Silva das Neves, que teve a prisão decretada e está foragido. Ontem, o advogado do militar esteve na especializada e informou que o cliente não vai se entregar pelo menos até amanhã.

Nas imagens obtidas pela DH, Rodrigo, Pedrinho, Farofa e um quarto homem ainda não identificado aparecem saindo do Condomínio Vera Cruz, em Campo Grande. Eram 15h07 do último dia 10, horas após a execução de Iggnácio. Segundo as investigações, os criminosos foram até o imóvel para deixar o carro e as armas utilizadas (um fuzil AK-47 e um FAL 7,62) na casa da namorada do PM

Outros crimes
Segundo a polícia, Pedrinho e Farofa já eram investigados por outros crimes. Ex-soldado da Polícia Militar, Pedrinho acabou expulso da corporação depois de um homicídio na madrugada de 26 de abril de 2015. Ele se desentendeu com um outro frequentardor após um esbarrão dentro de uma boate de Realengo, na Zona Oeste do Rio. Na saída da casa noturna, viu o homem identificado depois como o taxista Carlos Paredes Dias Neto, de 30 anos, com quem havia brigado, pegou a pistola e deu dez tiros nele.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Igor Farofa integra um grupo de matadores profissionais que, nos últimos anos, rivalizou com o Escritório do Crime, desmantelado no último ano. Ele é investigado pelo Ministério Público por envolvimento com milícia em outros procedimentos instaurados na polícia que resultaram em morte.

E também suspeito de ser o autor dos disparos que mataram a menina Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de 5 anos, em novembro do ano passado. Ela foi atingida por uma bala perdida na Praça da Cohab, em Realengo, e de envolvimento num episódio ocorrido em Bangu, em fevereiro de 2018.

Mikael Barbosa da Cruz estava recebendo atendimento dentro de uma ambulância, em frente ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, quando criminosos ordenaram que os profissionais saíssem do carro e efetuaram os disparos. Mais de 15 tiros foram disparados. Pedrinho e Farofa são amigos e frequentavam juntos a quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel.