DHC identifica suspeitos da execução de contraventor na Zona Oeste do Rio

Contraventor- sub I (2)

Equipe de delegados apresenta as armas apreendidas na casa do PM, suspeito de matar Fernando Iggnácio/Reprodução 

A Delegacia de Homicídios da Capiutal (DHC) identificou quatro suspeitos de envolvimento na execução do contraventor Fernando Miranda Iggnácio, genro do bicheiro Castor de Andrade . Um deles é o cabo da Polícia Militar Rodrigo da Silva das Neves, que está foragido. Em entrevista coletiva realizada na tarde de ontem, os investigadores apresentaram as quatro armas que teriam sido apreendidas no apartamento ligado ao PM, num condomínio em Campo Grande. Exames de confronto de balística constataram que duas delas, um fuzil FAL e um AK-47, foram usadas no assassinato do bicheiro.

O atentado aconteceu no dia 10 no estacionamento de uma empresa de táxi aéreo, no Recreio dos Bandeirantes.Iggnácio voltava de uma viagem à Angra dos Reis, na Costa Verde, de helicóptero, e, ao desembarcar, foi atingido por vários tiros na cabeça quando caminhava em direção ao carro, ao lado da empresa Heli-Rio.

A mulher de Fernando Iggnácio estava no helicóptero com o marido, mas conseguiu escapar dos disparos. Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio chegou a desembarcar da aeronave com o marido mas, quando ouviu os tiros, voltou correndo para o helicóptero, que decolou de novo e pousou em um condomínio no Recreio.

Disputa sangrenta
Fernando Iggnácio disputava desde 1997 pontos de jogos de bicho e de máquinas caça-níqueis na Zona Oeste do Rio com Rogério Andrade, sobrinho de Castor. A disputa entre os dois começou após o assassinato de Paulo Andrade, o Paulinho, em 1998, filho de Castor e escolhido como herdeiro.

Investigações da Polícia Federal mostram que a disputa entre os dois, entre 1999 e 2007, resultou em 50 mortes.